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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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que emergirão e serão aprofunda<strong>dos</strong> nos capítulos seguintes) estavam já<br />

razoavelmente defini<strong>dos</strong> e estabiliza<strong>dos</strong>, e tendo em conta que o conceito de<br />

<strong>Intercompreensão</strong>, apesar de ainda muito indefinido, não era uma criação nossa,<br />

em que poderia residir a novidade deste projecto?<br />

Reler as primeiras análises; descobrir, depois, indícios de desenvolvimentos<br />

positivos, no que respeitava aos desempenhos das aprendentes, fruto de uma<br />

última leitura <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> à luz da noção de Language Awareness e, assim, chegar à<br />

ideia de que um possível caminho para a análise profunda poderia passar pela<br />

busca de potencialidades formativas (e por que não didácticas) da integração das<br />

noções de Competência Plurilingue e de <strong>Intercompreensão</strong> nas aulas de língua –<br />

tudo isto nos pareceu responder àquela inquietação pela novidade, não uma<br />

novidade absoluta de conceitos ou suas definições, mas uma novidade na forma<br />

de os olhar e conjugar, dentro de uma abordagem específica do ensino das línguas<br />

– uma abordagem plurilingue (cf. Capítulo 8.3).<br />

Conjugando todas as leituras parcelares e os indícios até então recolhi<strong>dos</strong>, e<br />

seguindo a linha de pensamento abdutivo característica do paradigma indiciário,<br />

estabelecíamos como hipótese iluminadora da análise profunda do nosso corpus o<br />

pressuposto seguinte: a integração, em aula de língua, de uma abordagem<br />

didáctica de índole plurilingue potencia o desenvolvimento de diferentes<br />

dimensões da formação <strong>dos</strong> aprendentes em termos da sua relação com as línguas<br />

e respectiva <strong>aprendizagem</strong>.<br />

Ao apelidarmos esta abordagem de “plurilingue” assumíamos a distinção<br />

de Beacco (2004: 45) entre “multilinguismo” e “plurilinguismo”, entendendo o<br />

primeiro como referindo a diversidade de línguas existente num dado território e<br />

o segundo como designando a diversidade de línguas que compõem o repertório<br />

linguístico-comunicativo de um sujeito, em relação às quais ele adquiriu<br />

competências e níveis de domínio diferencia<strong>dos</strong> (cf. Capítulo 8.1).<br />

A assumpção desta hipótese (que deixava, contudo, em aberto – e exigindo<br />

resposta – a questão: que dimensões?), como foco da nossa investigação, satisfazia,<br />

ainda, o nosso desejo de realizar um trabalho fortemente enraizado no campo da<br />

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