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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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408<br />

Continuando a analisar as ocorrências que nos remetem para a prática<br />

escolar de ensino-<strong>aprendizagem</strong>, agora no que se refere em particular às acções e<br />

postura do professor da disciplina de Latim, chamou-nos particularmente a<br />

atenção o comentário seguinte, proferido pelo docente na Actividade Introdutória<br />

do 1º Módulo (Anexo II.1.1):<br />

(247) P (…) agora... vamos tentar descobrir nesse texto / eu também estou a tentar<br />

descobrir como vocês<br />

(Apêndice IV.1 – nº5).<br />

Este comentário – porventura indício de uma mudança de postura face ao<br />

que seria habitual nas aulas da disciplina – constitui um incentivo à realização de<br />

uma tarefa partilhada, em que os papéis de professor e aluno de certo modo se<br />

igualizam, em que as fronteiras entre ambos se esbatem e, mais do que como um<br />

detentor do saber e um aprendiz desse saber, professor e aluno se assumem como<br />

dois sujeitos “linguistas”, isto é, sujeitos capazes de trabalhar e reflectir sobre os<br />

da<strong>dos</strong> verbais em presença, possuidores de competências diversas que,<br />

interagindo, procuram co-construir um processo de compreensão desses da<strong>dos</strong>.<br />

Este aspecto de co-construção, de partilha de esforços e saberes, é também<br />

factor de valorização do PP por parte de algumas alunas, referindo-se desta feita<br />

ao trabalho colaborativo entre colegas:<br />

CI - O que considerei mais difícil foi a sua interpretação e o mais fácil foi to<strong>dos</strong> chegarmos a<br />

uma conclusão; isto porque to<strong>dos</strong> colaboraram.<br />

CS - alargou a minha capacidade de trabalho em grupo<br />

M – trabalhámos em conjunto e chegámos a uma conclusão<br />

(Apêndice III.1 – nº4) (cf. também nº103).<br />

A capacidade de trabalhar em grupo e de partilhar saberes e estratégias (cf.<br />

Apêndice III.1 – nº109) surge, então, como uma característica a desenvolver,<br />

naquele que será o perfil de aluno (nomeadamente de línguas) que parece orientar<br />

estas aprendentes, fruto, certamente, de uma prática escolar que, nos últimos anos,<br />

procura implementar as reflexões realizadas em torno desta metodologia de<br />

trabalho em sala de aula e suas potencialidades (Almeida, 2004).

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