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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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competências receptivas nas línguas B, C, D (cf. DLF/CIIP, 2006, já anteriormente<br />

citado), ou para o desenvolvimento de uma competência específica de<br />

compreensão plurilingue (cf. Capítulo 9.1.3). Neste contexto, pode ser igualmente<br />

pertinente o recurso à noção de intercompreensibilidade (qualidade das línguas<br />

que são próximas, por relação de parentesco, e que por isso partilham um elevado<br />

grau de transparência), bem como ao adjectivo intercompreensível, ainda que<br />

consideremos que o âmbito deste poderá ser mais alargado (vimos como surge em<br />

Klein, 2002, a expressão “textos intercompreensivos”).<br />

540<br />

A propósito das competências que poderão servir a <strong>Intercompreensão</strong> –<br />

uma ideia também presente em alguns <strong>dos</strong> autores estuda<strong>dos</strong> -, admitimos que<br />

podem, de facto, existir competências que, numa situação ou noutra, melhor<br />

potenciem a <strong>Intercompreensão</strong>. Mas a análise <strong>dos</strong> nossos da<strong>dos</strong>, e o seu confronto<br />

com alguns <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> vários projectos de <strong>Intercompreensão</strong> conheci<strong>dos</strong>,<br />

levam-nos a considerar que, na verdade, todas as competências <strong>dos</strong> âmbitos<br />

linguístico-comunicativo, interactivo, e até afectivo e de <strong>aprendizagem</strong>, poderão<br />

ser colocadas ao serviço das situações de <strong>Intercompreensão</strong>, qualquer que seja o<br />

entendimento que tenhamos desta noção, na medida em que estas situações não<br />

assumem formatos nem parâmetros completamente pré-defini<strong>dos</strong>: também elas<br />

são plurais e, sobretudo, únicas e irrepetíveis! Que competências serão mais<br />

usadas e com que grau de proficiência, isso dependerá, pensamos, <strong>dos</strong> sujeitos em<br />

causa, <strong>dos</strong> seus perfis e objectivos comunicativos, bem como do enquadramento<br />

contextual que os envolve.<br />

Retomando a ideia <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> intercompreensivos, pode considerar-se<br />

que estes surgem, de certo modo, ao serviço de uma “didáctica da<br />

intercompreensão” 27 (Klein, 2004: 411), no seio da qual a “pedagogia das línguas<br />

próximas” (Robert, 2004) será apenas uma vertente. Esta didáctica orientar-se-á,<br />

por sua vez, pelo objectivo estratégico-comunicativo, inter-relacional e,<br />

27 Ou, como preferimos, “didáctica para a <strong>Intercompreensão</strong>” (cf. nota de rodapé nº 26).

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