16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Au fur et à mesure qu’une personne opère dans plusieurs idiomes, elle finit par<br />

internaliser ce «système» des régularités et irrégularités découvertes entre<br />

«ses» langues. Elle n’acquiert pas seulement une compétence qui embrasse de<br />

manière additive et fortuite les connaissances pluri-langues, mais aussi un<br />

savoir déclaratif et procédural inter-langues. Un guidage didactique efficace<br />

peut abréger la construction de cette compétence interlinguistique et, par ce<br />

biais, optimiser la qualité de l’apprentissage pluri-langues (2004: 25).<br />

Não serão estas outras palavras para se referir à mesma realidade que<br />

Andrade & Araújo e Sá (2003) entendem como CP?<br />

E se, ainda assim, considerarmos que aquele “espaço” deve ser ocupado<br />

pela competência de <strong>Intercompreensão</strong>, então não corremos o risco de esvaziar ou<br />

empobrecer a noção de CP, que está já mais estabilizada? Refira-se que Coste<br />

(1998) considera que é precisamente o desenvolvimento da CP que favorece a<br />

emergência, no sujeito, de uma consciência linguística e de estratégias<br />

metacognitivas que lhe permitem consciencializar-se e controlar a sua forma de<br />

gestão das tarefas e, principalmente, a sua dimensão langagière.<br />

Note-se que, no contexto do projecto ILTE, atrás referenciado, não está em<br />

causa a restrição a uma qualquer família de línguas. Pelo contrário, à<br />

<strong>Intercompreensão</strong>, seja como competência, seja como estratégia, é atribuído um<br />

campo de acção alargado e transversal. Já segundo Meissner et al. (2004: 20), o<br />

vocábulo “intercompreensão” designa a capacidade específica do sujeito de<br />

compreender uma LE sem a ter aprendido, usando, portanto, como base uma<br />

outra língua (aparentemente a materna), numa concepção que é claramente<br />

suportada pelo “grau de intercompreensão” (cf. Capítulo 9.1.1) que existe entre<br />

idiomas diferentes pertencentes a uma mesma família (extendendo a ideia de que<br />

en général, les variétés d’une même langue sont intercompréhensibles), o que, segundo<br />

os autores, configura uma concepção “aberta” do termo “língua”.<br />

Esta reflexão sobre a <strong>Intercompreensão</strong> como competência não ficaria<br />

completa sem a referência ao texto de Klein em que, embora na linha de Meissner<br />

et al. (2004) acima cita<strong>dos</strong>, surge explicitada uma nova nuance:<br />

533

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!