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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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competência plurilingue global <strong>dos</strong> sujeitos) e seriam analisadas focalizando<br />

prioritariamente os alunos, que constituiriam o nosso público-alvo fundamental e<br />

em relação ao qual procuraríamos:<br />

- observar e compreender as reacções às actividades propostas;<br />

- analisar os desempenhos aquando da resolução das tarefas (competências,<br />

conhecimentos e estratégias actualiza<strong>dos</strong>, e eventualmente alarga<strong>dos</strong>,<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> ou consciencializa<strong>dos</strong>);<br />

- conhecer as interpretações que eles próprios davam ao processo em que se<br />

tinham visto envolvi<strong>dos</strong>, que elementos valorizavam ou consideravam mais<br />

significativos, que potenciais finalidades lhe encontravam.<br />

Desta análise, e do seu cruzamento com o quadro teórico, resultariam as<br />

nossas próprias interpretações e conclusões, que por sua vez serviriam de base à<br />

redacção de considerações mais gerais em relação ao possível papel da<br />

<strong>Intercompreensão</strong> no contexto da <strong>aprendizagem</strong> escolar de línguas no currículo<br />

português.<br />

É esta vontade interventiva que traz especificidade ao nosso projecto e que,<br />

simultaneamente, levanta problemas do ponto de vista da selecção de uma<br />

metodologia de investigação. De facto, o nosso campo de estudo, ainda que não<br />

deixando de ser o processo de ensino-<strong>aprendizagem</strong>, inclui um elemento<br />

geralmente ausente desse processo: o investigador, que vai intervir nos bastidores<br />

ao conceber os momentos e mo<strong>dos</strong> de intervenção no trabalho “habitual” da<br />

disciplina/turma-alvo.<br />

Se concordarmos com Van Der Maren e considerarmos que<br />

l'enseignement (enseigner) se définirait […] par l’ensemble des activités<br />

qu’accompli l’individu censé savoir (l’enseignant) afin de conduire les<br />

individus censés apprendre (les enseignés) à réaliser certaines activités<br />

mentales ou physiques qu’ils ne feraient pas, ou moins pas à ce moment-là, en<br />

dehors de la présence ou de l’action de l’enseignant (1996: 27),<br />

e que tem sido este, geralmente, o contexto ou o objecto das investigações<br />

em educação, torna-se evidente que na nossa investigação existe, de facto, um<br />

elemento “estranho” que não está contemplado na relação acima enunciada: no<br />

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