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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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384<br />

De facto, como referimos na explicitação <strong>dos</strong> pressupostos que presidiram à<br />

concepção das diferentes actividades constantes do PP, a presença, nas Fichas de<br />

Trabalho, de um texto numa língua de Espanha bastante próxima do Português,<br />

foi intencionalmente pensada para promover a ocorrência de comparações e<br />

transferências que auxiliassem na identificação <strong>dos</strong> vocábulos solicita<strong>dos</strong>. Estas<br />

alunas, porém, levaram este processo ao extremo quando se apoiaram numa<br />

transposição linear da frase em causa, usando como ponto de referência um sinal<br />

de pontuação (reticências); ou seja, recorrendo, como pretendido, a uma fonte de<br />

informação externa ao texto em língua basca sobre o qual estavam, no momento, a<br />

trabalhar – o texto em Catalão – as alunas procederam a uma transferência<br />

metalinguística linear, pressupondo que, à falta de melhor recurso, a localização<br />

<strong>dos</strong> vocábulos nas frases em diferentes línguas seria equivalente. Este raciocínio<br />

mereceu a atenção do docente que, na altura de sistematização das estratégias<br />

utilizadas, procura chamar a atenção para o facto de:<br />

(273) P (…) o recurso à posição <strong>dos</strong> vocábulos na oração (…) é de facto o que nos oferece<br />

menor segurança / e exactamente porquê?<br />

(274) N porque varia de língua para língua<br />

(275) P porque a sintaxe de cada uma das línguas é / pode ser / completamente diferente<br />

// sabemos / comparando o latim com o português / que a ORDEM de colocação <strong>dos</strong> vocábulos na<br />

frase não tem / nada que ver / com / o significado do texto // tem que ver é a função sintáctica /<br />

como nós não conhecemos as funções sintácticas nessas línguas que nos são desconhecidas / se<br />

calhar o que menos garantia nos oferece é... / mas confirmaremos no futuro se assim é ou não<br />

(Apêndice II.2 – nº 15).<br />

Igualmente na concepção da Actividade Principal da 2ª Fase tivemos esta<br />

estratégia em mente:<br />

(234) P (…) agora / mantendo os dois textos na vossa frente / vamos pegar no texto latino<br />

e... traduzi-lo / de que modo? / servindo-se do que conhecem no latim / e para aquilo que seja<br />

menos conhecido no latim... servindo-se do inglês que têm ao lado // não sei se já reparam mas<br />

há imensos vocábulos no texto inglês que são... entre aspas... iguais aos latinos não é? // então...<br />

vamos começar no texto latino / “si quid est in me ingenii iudices” //<br />

(Apêndice II.2 – nº 255) (cf. também nºs 257, 258 e 259).

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