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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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54<br />

2.2 “O que queremos, na prática, fazer?”:<br />

dilemas de uma (não-)opção metodológica<br />

Perhaps the simplest rule for method in qualitative casework is this:<br />

place your best intellect into the thick of what is going on.<br />

(Stake, 2002: 445)<br />

Se hoje não temos dúvidas de que, em termos epistemológicos, o paradigma<br />

em que nos inscrevemos é o construtivista, tal certeza não é plenamente extensível<br />

ao quadro metodológico utilizado, em parte porque sentimos dificuldade em<br />

identificar o nosso trabalho com uma das várias metodologias já definidas e à<br />

disposição de quem faz investigação em Educação e Didáctica, facto que encontra,<br />

de alguma forma, eco na afirmação de Edwards:<br />

Engaged educational researchers are therefore well placed to question the<br />

methodological assumptions upon which the research canon has been built and<br />

to develop ways of researching education that are sensitive to what the field can<br />

reveal (2002: 166).<br />

Mais adiante clarificaremos porque nos identificamos com a figura do<br />

“engaged educational researcher”; para já, vejamos que passos fomos dando na<br />

construção do enquadramento metodológico do nosso trabalho.<br />

Como foi referido na introdução deste capítulo, a dificuldade sentida em<br />

fazer opções do ponto de vista da metodologia levou a que déssemos mais atenção<br />

às técnicas e instrumentos a utilizar, pois um aspecto estava de alguma forma<br />

claro, logo desde o início: o que queríamos, na prática, fazer. E o que queríamos<br />

fazer era intervir numa turma real, por intermédio de um professor colaborador<br />

(uma vez que estávamos impedidas, por motivos de ordem legal e de situação<br />

profissional, de o fazer pessoalmente), a fim de provocar situações inovadoras do<br />

ponto de vista do trabalho que geralmente é realizado nas aulas de língua em<br />

Portugal. Estas situações seriam concebidas segundo hipóteses levantadas com<br />

base no quadro teórico que nos serve de referência (nomeadamente procurando o<br />

papel que actividades de natureza plurilingue, potenciadoras de fenómenos de<br />

intercompreensão, poderia desempenhar no desenvolvimento de uma

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