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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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éciproquement connaître leurs langues dès l’école primaire (p.5), mas Elert (1997) dava-<br />

-nos igualmente conta de que, por existir uma compreensão mútua entre a maioria<br />

<strong>dos</strong> povos escandinavos, no one is expected to use the another Scandinavian language in<br />

intercommunicative situations, never to talk the other language, motivo pelo qual o<br />

ensino formal das línguas vizinhas ocupava um reduzido e não popular (nem<br />

entre os alunos, nem entre a maioria <strong>dos</strong> professores) espaço no currículo. Apesar<br />

desta impopularidade, que contrastava porém, segundo o mesmo autor, com um<br />

grande entusiasmo por parte <strong>dos</strong> sujeitos sempre que se faziam sentir fortes<br />

motivações (nomeadamente pessoais) para o contacto, é consensual para muitos<br />

defensores da <strong>Intercompreensão</strong> (cf. Castagne, 2006) que aquele modelo é um<br />

exemplo do que pretendem que seja esta prática: le fait de comprendre des langues<br />

sans les parler: chacun parle ou écrit dans sa langue, et comprend ou lit celle de l’autre<br />

(Ploquin, 2005) e, por isso, terá sido o principal estímulo para o surgimento <strong>dos</strong><br />

diversos projectos europeus que foram sendo concebi<strong>dos</strong> (Klein, 2002).<br />

510<br />

Chamamos a atenção para o facto de, na citação de Elert atrás transcrita,<br />

não ser usado explicitamente o termo “intercompreensão”, mas a expressão<br />

intercommunicative situations; um pouco mais à frente, no texto original,<br />

encontramos nova expressão, multilingual communication. Igualmente em Castagne<br />

pode ler-se: nous connaissons aussi la pratique de l’intercompréhension dans les pays<br />

scandinaves […]. L’intercommunication entre scandinaves a été précieusement entretenue<br />

(2006: 1). A utilização, simples ou aglutinada, do vocábulo "comunicação" (cf.<br />

McCann, 2001; Schmitt-Jensen, 2001) acentua, a nosso ver, uma flutuação e uma<br />

nuance deste entendimento da <strong>Intercompreensão</strong> que aponta para um processo<br />

essencialmente inter-relacional, ou seja, para a forma como os sujeitos constroem a<br />

interacção: a intercompreensão, neste contexto, reenvia para a ideia da<br />

relação/compreensão inter-sujeitos. Esta mesma ideia parece-nos subjazer às<br />

afirmações de Alarcão (2001) e de Karamoudis (2005):

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