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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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194<br />

Este foi, também, o momento em que, pela primeira vez, procurámos<br />

identificar de forma clara estratégias de acesso ao sentido ou, mais concretamente,<br />

dada a natureza da tarefa, estratégias de identificação de transparências lexicais,<br />

tendo verificado que elas se resumiam à constatação de semelhanças claras entre<br />

os vocábulos nas várias línguas ou, na impossibilidade de esta estratégia fornecer<br />

uma solução, à comparação intertextual de localização <strong>dos</strong> vocábulos nas frases,<br />

usando elementos de referência como, por exemplo, os sinais de pontuação. O<br />

recurso à comparação linear de frases em línguas diferentes, para daí concluir<br />

acerca da identificação de um significante para o significado pretendido, de certo<br />

modo surpreendeu-nos (e também ao próprio docente), na medida em que estas<br />

alunas, como aprendentes de Latim, deveriam, em nossa opinião, estar alerta para<br />

o facto de a ordem de colocação de vocábulos numa frase poder variar de língua<br />

para língua, dependendo das regras de sintaxe específicas de cada uma:<br />

(273) P (…) o recurso à posição <strong>dos</strong> vocábulos na oração (...) é de facto o que nos oferece<br />

menor segurança / e exactamente porquê?<br />

(274) N porque varia de língua para língua<br />

(275) P porque a sintaxe de cada uma das línguas é / pode ser / completamente diferente<br />

// sabemos / comparando o latim com o português / que a ORDEM de colocação <strong>dos</strong> vocábulos na<br />

frase não tem / nada que ver / com / o significado do texto // tem que ver é a função sintáctica<br />

(Anexo II.1.1 – 89).<br />

A título de conclusão deste segundo esboço de análise, retomámos e<br />

salientámos dois aspectos, que se mantiveram preocupações constantes nas fases<br />

seguintes de trabalho e que considerámos, desde logo, fundamentais para a<br />

análise a ser feita no âmbito desta investigação, qualquer que fosse a forma que ela<br />

assumisse:<br />

- verificámos, por um lado, que este tipo de trabalho solicitava às aprendentes algo<br />

que elas pareciam não estar acostumadas a fazer – reflectir –, em particular reflectir<br />

sobre os processos e as estratégias de resolução das actividades;<br />

- por outro lado, constatámos que o facto de os aprendentes contactarem, extra-escola e<br />

através, sobretudo, <strong>dos</strong> media, com diferentes línguas e culturas não significa

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