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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Importa, pois, compreender os processos que levam à intercompreensão 3 ,<br />

os contextos que a favorecem ou condicionam, as competências cognitivas e<br />

atitudinais que, por um lado, lhe subjazem e, por outro, ela desenvolve (2001:<br />

63);<br />

nous tacherons de proposer un “mini-kit de survie linguistique" garantissant<br />

une meilleure intercompréhension ou tout simplement créateur d’une<br />

ambiance amicale (2005).<br />

Esta concepção da <strong>Intercompreensão</strong> como estratégia ou “ideal” de<br />

comunicação ou de relação entre sujeitos surge, frequentemente, em estreita<br />

relação com aquilo que alguns autores (cf. Meissner, s.d. e 2004) designam como a<br />

“intercompreensibilidade” entre línguas próximas (ou intercomprehensive texts,<br />

Klein, 2002), um conceito igualmente extraído da situação escandinava (Danish and<br />

Swedish are closely related languages and they are to a great extent intercomprehensible,<br />

Delsing, 2001) e que, por isso, é geralmente referido a propósito das línguas de<br />

uma mesma família. Podemos identificar este conceito, de algum modo, com o de<br />

“inteligibilidade” entre línguas próximas:<br />

Sur des territoires étendus […] peut-être que les extrémités ne se comprennent<br />

pas, mais de proche en proche apparaît ce que l’on appellera une<br />

intercompréhension mutuelle ou une intelligibilité mutuelle (Blanche-<br />

Benveniste, 2006: 8/9).<br />

Também Éloy (2004), partindo do conceito de Dubois et al. (1994), nos<br />

apresenta um conjunto de categorias que permitem avaliar a noção de “distância”<br />

entre línguas, e nelas inclui, como fundamental, a categoria “intercompreensão”,<br />

que se realiza plenamente naquilo que ele considera o “grau zero”, ou seja, celui de<br />

l’indistinction en tant que langues: on considère géneralement qu’il s’agit de variantes de<br />

«la même langue» (p.397), que existe ainda nas línguas consideradas próximas por<br />

razões de parentesco e que se vai progressivamente perdendo na mesma razão em<br />

que a distância entre elas aumenta.<br />

A <strong>Intercompreensão</strong> como estratégia de comunicação parece, assim,<br />

assentar (pelo menos segundo a leitura que fazemos destes autores) numa<br />

3 Realce nosso.<br />

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