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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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investigação fosse, de alguma forma, significativa, do ponto de vista da<br />

<strong>aprendizagem</strong>, para as alunas envolvidas).<br />

Este contributo para o desenvolvimento <strong>dos</strong> sujeitos enquadrar-se-ia, a<br />

nosso ver, no campo das oportunidades de reflexão sobre o experienciado, em que<br />

esperávamos poder proporcionar o desenvolvimento gradual da consciência, em<br />

particular, das suas próprias potencialidades e dificuldades e ainda das estratégias<br />

de acesso ao sentido de um texto escrito a que poderiam recorrer, sobretudo se<br />

nunca tivessem estudado a língua em causa (cf. Fosnot, 1999: 52 21 ).<br />

Tendo em conta o escalão etário do público a que nos dirigíamos, bem como<br />

o cuidado de não o “saturar” com determinado tipo de solicitações que poderiam<br />

tornar-se monótonas, levando-o à desmotivação – como poderia acontecer com o<br />

recurso constante e exclusivo ao questionário –, considerámos que a estratégia de<br />

redacção de um “Diário” poderia corresponder aos objectivos que nos orientavam:<br />

tratar-se-ia, à partida, de um tipo de texto familiar a um público adolescente,<br />

capaz de o cativar e de se constituir como um interlocutor a quem confiar as<br />

opiniões e reflexões mais pessoais acerca do trabalho realizado. Por outro lado, a<br />

leitura de alguns textos que nos remetiam para a proficuidade formativa do<br />

recurso, sobretudo, a Diários de Aprendizagem (por exemplo, Brumfit & Mitchel,<br />

1989; Marques, Almeida & Tuvela, 1999), mas também a Portfólios Reflexivos (Sá-<br />

Chaves, 2000), dava-nos conta da importância deste tipo de estratégia para a<br />

“desocultação” do aprendente, para o ajudar a reflectir sobre si próprio e sobre as<br />

actividades em que se via envolvido, activando uma dimensão de auto-<br />

-conhecimento e, consequentemente, a capacidade de <strong>aprendizagem</strong>.<br />

Assim, e uma vez que pretendíamos orientar o conteúdo do Diário para as<br />

aulas do PP (uma página por cada módulo ou conjunto de aulas ligadas a uma<br />

mesma actividade), conhecendo opiniões e promovendo reflexões, optámos por<br />

estruturar nós próprias o texto, apresentando, quer frases completas, quer inícios<br />

de frase que as aprendentes deveriam completar, tudo num formato e linguagem o<br />

mais aproxima<strong>dos</strong> possível do que seria, de acordo com o nosso conhecimento e<br />

21 Citada na pág. 66 desta dissertação.<br />

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