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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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<strong>aprendizagem</strong> e do domínio, ainda que parcial, de línguas estrangeiras (Brotto,<br />

2004b: 2).<br />

494<br />

Começa, aqui, a delinear-se de forma mais concreta a resposta à questão<br />

que enquadra este Capítulo 8.<br />

Incorporar o Plurilinguismo nas aulas de Língua é contribuir para a<br />

aproximação daquilo que, à partida, pode ser tomado como longínquo e estranho,<br />

uma aproximação que é potenciada pela oportunidade dada ao sujeito de reflectir<br />

sobre a sua própria experiência (com as línguas, formalmente aprendidas ou não,<br />

entre as quais estabelece ligações mais ou menos conscientes – cette pratique n’est<br />

que rarement réfléchie, Goullier, 2006: 88) e sobre a forma como esta influencia a sua<br />

<strong>aprendizagem</strong> (nomeadamente das línguas) e a formação da sua identidade. Uma<br />

abordagem didáctica de índole plurilingue terá, assim, como objecto as línguas, na<br />

sua diversidade, e, simultaneamente, a experiência de interacção do sujeito com<br />

essas mesmas línguas: Il faut donc favoriser et développer un véritable répertoire<br />

linguistique pluriel, outil individuel et collectif de la prise en compte du fonctionnement<br />

différent des langues (Benayoun, 2005 : 13). Concordamos, por isso, com a ideia de<br />

que a formação para o desenvolvimento da competência plurilingue assenta essencialmente<br />

na atribuição de novos significa<strong>dos</strong> às práticas e aos discursos vivi<strong>dos</strong>, por parte <strong>dos</strong><br />

sujeitos, numa tentativa de compreensão do seu papel na preparação para o exercício de<br />

uma cidadania planetária (Araújo e Sá, Andrade, Moreira e Pedro, 2006: 45).<br />

A acção de integrar o Plurilinguismo em aulas de língua constitui, assim,<br />

aquilo que Candelier (2005: 41) designa por “abordagem plural”, por oposição à<br />

“abordagem singular” tradicional, em que o único objecto de atenção é uma língua<br />

ou uma cultura em particular, tomada isoladamente, e que Coste (2004) apelida de<br />

approche globale d’une éducation plurilingue, ideia reforçada pelo facto de o QECR<br />

defender um modelo didáctico e educativo para a formação em línguas em que a<br />

separação entre língua nacional, ou LM, e LE deixa de ser pertinente (cf. Piñeiro,<br />

2005). Trata--se, igualmente, de uma abordagem motivada por uma perspectiva<br />

accional que, ao ter em conta um novo objectivo social de preparar os aprendentes<br />

para viver e trabalhar, no seu próprio país ou no estrangeiro, com nativos de

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