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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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Europa, pero también Africa, Asia y América Latina, han entendido que el<br />

tercer milenio será el de la cooperación y de las confederaciones, y que habrá<br />

que conciliar los imperativos de la preservación de la propia identidad con los<br />

de la comunicación (Poth, 2000);<br />

alors qu’autrefois un individu, au cours de sa vie, et sans que l’on puisse<br />

généraliser, avait peu de chance dans son existence d’entrer en contact avec<br />

une autre langue, aujourd’hui, toutes les langues sont en relation avec toutes<br />

les langues dans une sorte de cacophonie universelle (North, 2006b: 3).<br />

O acentuar <strong>dos</strong> movimentos migratórios, fruto de uma maior abertura de<br />

fronteiras e de maiores possibilidades de cooperação e mobilidade, atingem países<br />

um pouco por todo o globo, mesmo aqueles que, tradicionalmente, conheciam<br />

sobretudo o movimento da emigração (como é o caso de Portugal).<br />

A utopia da unidade e, consequente, desejo de unificação (de que a escola,<br />

tornada obrigatória em finais de século XIX e inícios do século XX, se tornou um<br />

instrumento fundamental 1 ; cf. Coste, 2004), factores que vinham presidindo à<br />

construção <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>-nação um pouco por todo o mundo (e grandemente por<br />

influência <strong>dos</strong> europeus), vê-se agora confrontada com as reivindicações da<br />

pluralidade, da diversidade em to<strong>dos</strong> os domínios (mesmo dentro de espaços que<br />

se consideravam “mono” – sobretudo linguísticos e culturais), uma diversidade<br />

que luta pelo seu reconhecimento, pelo direito de existir:<br />

Hace sólo poco tiempo que esta cuestión ha sido explicitamente planteada y se<br />

propuso la idea de que junto com la diversidad cultural, la diversidad<br />

lingüística debería también ser considerada como inextricablemente relacionada<br />

com la biodiversidad (Maffi, 1998: 12/13).<br />

O desfazer daquela utopia atinge, inclusivamente, a noção de idealidade de<br />

que se reveste, para muitos, o recurso a um língua franca, como resposta para os<br />

“problemas comunicativos” coloca<strong>dos</strong> pela Diversidade (cf. Doyé, 2005).<br />

Reconhecendo-se, por um lado, que não são critérios linguísticos que presidem à<br />

1 Note-se o paradoxo e a aparente falta de "memória histórica” das nossas sociedades (!): L’histoire nous révèle<br />

que l’idée de l’émancipation du peuple avait entraîné depuis le Moyen-âge tardif la substitution du latin par les langues<br />

des peuples (volgare). […] L’avènement de la démocratie moderne aurait été impossible sans la participation du peuple<br />

aux idées de la liberté. Elle n’aurait jamais pu se développer en latin. Langues du peuple et démocratie vont de pair. Il<br />

serait ridicule de croire qu’un parlement européen de nos jours puisse se mettre à parler latin. De même est-il peu<br />

probable que l’Assmblée nationale ou le Bundestag allemand aillent traiter leurs affaires en anglais. La démocratie passe<br />

par la langue de ses citoyens et du souverain (Meissner et al., 2004: 12).<br />

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