16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

538<br />

It has existed as long as humans have felt the need to understand and be<br />

understood in communication exchanges with other humans speaking another<br />

language than themselves. Neither is it a new phenomenon in the classroom.<br />

Pupils striving to learn a foreign language have always used whatever<br />

resources they had to overcome difficulties when dealing with the foreign<br />

language. What perhaps is a new idea, is that of mobilizing one’s<br />

overall language competence in a more systematic way than before, by<br />

being encouraged by a teacher who acknowledges the significance of<br />

this capacity 24 (Ulseth et al., 2002: 31).<br />

Esta última ideia parece-nos, também, relativamente consensual e<br />

consentânea com a expressa por Coste, a que já aludimos:<br />

Il y a lieu de passer d’une représentation selon laquelle compétence en italien,<br />

compétence en bambara, compétence en français seraient séparées, l’une à côté<br />

de l’autre et sans contact entre elles, à une tout autre représentation: celle selon<br />

laquelle une compétence plurilingue unique gère, contrôle, met en œuvre et<br />

développe l’ensemble des variétés que constituent le répertoire plurilingue 25<br />

(Coste, 2004: 7).<br />

A relação entre <strong>Intercompreensão</strong> e Competência comunicativa Plurilingue,<br />

expressa de forma mais ou menos explícita, acolhe, igualmente, grande aceitação:<br />

como se pode passar de uma didáctica centrada sobre a especificidade de uma<br />

dada língua a uma didáctica de línguas que visa o desenvolvimento de uma<br />

competência comunicativa que se deseja plurilingue, rentabilizando<br />

aprendizagens verbais já realizadas (Andrade & Araújo e Sá, 2001: 149);<br />

ter hoje uma competência plurilingue, ou melhor dizendo, pluricomunicativa, é<br />

condição necessária para proceder ao tratamento em simultâneo de diferentes<br />

línguas e de diferentes tipos de linguagens, compreender e tratar linguagens<br />

híbridas (Ferrão Tavares, 2001: 195).<br />

É inegável que a <strong>Intercompreensão</strong> é tanto mais potenciada quanto maior<br />

for a proximidade entre as línguas em jogo, mesmo que não pertençam a uma<br />

mesma família, ou quanto mais desenvolvida estiver a capacidade do sujeito de<br />

proceder a comparações e transferências entre elas, nomeadamente pelo recurso<br />

aos seus conhecimentos prévios, já que la didactique de l’intercompréhension est une<br />

didactique de transfert et de préconnaissances (Klein, 2004: 411);<br />

24 Realce nosso.<br />

25 Veja-se como, nestas palavras, ecoam as nossas dúvidas relativamente ao papel da <strong>Intercompreensão</strong> como<br />

competência de gestão: para Coste, é, precisamente, a CP que permite a gestão da globalidade e diversidade<br />

<strong>dos</strong> repertórios <strong>dos</strong> sujeitos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!