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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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464<br />

⇒ Neste quadro de implementação de actividades de índole plurilingue,<br />

que pertinência assumirá, então, a reflexão sobre os processos de “compreensão”,<br />

“tradução”, “interpretação” e “análise”, e uma eventual definição e distinção <strong>dos</strong><br />

mesmos?<br />

Aceitamos, com Souchon, que não será necessário atribuir um papel<br />

preponderante à manipulation de termes “savants” (1991: 121), no que respeita,<br />

especificamente, à designação, pelos aprendentes, das estratégias de compreensão<br />

utilizadas; mas a falta de precisão encontrada neste domínio pode ser indício de<br />

une indigence certaine au niveau de précision des concepts [e] etant donné que nous<br />

sommes cette fois dans le domaine de l’appris, se pose naturellement le problème du rôle de<br />

l’Ecole (idem), talvez não só na nomeação e clarificação do uso <strong>dos</strong> conceitos, como<br />

na própria reflexão sobre os vários processos em causa. Será esta, alguma vez,<br />

realizada de forma explícita? Este aspecto de consciencialização de processos será<br />

um factor a não negligenciar nesta abordagem, sobretudo se concordarmos que o<br />

desenvolvimento das componentes “meta” da inteligência do indivíduo, que são<br />

as que lhe permitem planificar o que vai fazer, regular o que está a fazer e avaliar<br />

o que fez (Morais, 1988), são fundamentais para uma melhoria da sua competência<br />

de <strong>aprendizagem</strong>, uma <strong>aprendizagem</strong> que não é considerada apenas em termos de<br />

produto, mas de processo activo, dinâmico e estratégico de processamento de<br />

informação:<br />

o pensamento metacognitivo leva à consciencialização das competência que se<br />

possuem e das que é necessário desenvolver ou adquirir para a realização das<br />

tarefas. Permite assim a flexibilidade perante as novas situações e a interacção<br />

consciente entre as características pessoais, a especificidade das tarefas e as<br />

estratégias a seleccionar. […] Se os professores forem prepara<strong>dos</strong> para ensinar<br />

os alunos a usar estratégias que os tornem conscientes <strong>dos</strong> processos cognitivos<br />

utiliza<strong>dos</strong> na compreensão <strong>dos</strong> textos e se os alunos aprenderem a seleccionálos,<br />

de acordo com as finalidades da leitura, eles progredirão na <strong>aprendizagem</strong>,<br />

ao mesmo tempo que se preparam para a vida activa (op. cit.: 14/15).<br />

⇒ Ao longo da implementação do PP emergiram, também, indícios de uma<br />

competência estratégica das alunas, para cuja definição aceitamos, em termos

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