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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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ligado sobretudo ao desenvolvimento da consciência da existência de diversas<br />

possibilidades de se agir e de aprender (neste domínio da compreensão de<br />

línguas) e das capacidades pessoais, individuais que detinham para agir,<br />

contribuindo, igualmente, para a sua autonomia, na medida em que, como nos dá<br />

conta Vieira, por meio das palavras de Sinclair: o desenvolvimento da autonomia, fora<br />

ou dentro da sala de aula, requer uma consciencialização do processo de <strong>aprendizagem</strong>, ou<br />

seja, uma reflexão consciente e a tomada de decisões (in Vieira, 2001: 169).<br />

434<br />

É, então, nesta linha que consideramos que o PP, talvez não tanto nos<br />

objectivos que conseguiu, na prática, alcançar, fruto <strong>dos</strong> constrangimentos já por<br />

diversas vezes denuncia<strong>dos</strong>, mas sobretudo pelas características de que se revestiu<br />

e pelos objectivos busca<strong>dos</strong>, promove a assumpção, principalmente por parte <strong>dos</strong><br />

aprendentes, de alguns <strong>dos</strong> papéis que Vieira (1991) lhes atribui numa pedagogia<br />

para a autonomia, a saber: reflexão com vista a uma consciencialização linguística<br />

e processual; experimentação de estratégias de <strong>aprendizagem</strong> (pois acreditamos<br />

que todo o contacto, desde que acompanhado por alguém que, à partida, tenha<br />

um maior grau de desenvolvimento das competências envolvidas nas tarefas em<br />

causa – na linha de Vygotsky – e ajude à reflexão atrás mencionada, tem o<br />

potencial de promover aprendizagens e, como tal, de promover o “aprender a<br />

aprender”); negociação, potenciada pela co-construção de experiências, neste caso<br />

concreto, de compreensão.<br />

Referimos atrás o contributo do PP para o desenvolvimento da consciência<br />

das alunas das capacidades pessoais que detinham para agir linguisticamente.<br />

Este é precisamente o ponto em que, a nosso ver, o PP contribuiu igualmente para<br />

o desenvolvimento da dimensão afectiva da LA das aprendentes, que<br />

consideramos relacionada com as atitudes em relação à língua, em geral, e às<br />

diferentes línguas, em particular, bem como a atitude em relação ao “trabalho”<br />

que um sujeito pode fazer com e por meio dessas línguas.<br />

Analisámos já, no Capítulo 5.1, a relação das alunas com as línguas (ainda<br />

que de forma um pouco breve e superficial, uma vez que esta temática não<br />

constituiu objecto central da nossa investigação). Verificámos, em diferentes

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