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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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componente declarativa, ou seja, um conhecimento sobre a estrutura da língua, e outro que<br />

implica uma componente processual, isto é, uma utilização crítica e efectiva da língua como<br />

instrumento (1999b: 102) e, por outro lado, a partir das palavras de Wolff 5 , de que o<br />

conhecimento declarativo é estático porque não evolui por si só, sem a presença da<br />

componente processual, a qual é um conhecimento dinâmico que ganha, assim, o<br />

papel de impulsionador do conhecimento linguístico, sendo, por isso, o<br />

responsável pelo crescimento do conhecimento declarativo. Conhecimento<br />

declarativo e conhecimento processual estão, por isso, em permanente interacção,<br />

num processo em que o primeiro é a base, o ponto de partida para o segundo e<br />

este, que tem como funções principais a “gestão” do conhecimento declarativo e o<br />

estabelecimento de relações entre o universo linguístico e o extra-linguístico (Alegre,<br />

1999b: 104), é o mecanismo que permite o processamento, não só da acção, como<br />

do potencial aquisitivo que dela possa derivar, de modo a desenvolver os schemata<br />

declarativos do sujeito.<br />

212<br />

Salientamos ainda que, embora os autores menciona<strong>dos</strong> aproximem a<br />

componente declarativa de um conhecimento fundamentalmente gramatical,<br />

quando muito incluindo os domínios do pragmático e do discursivo (as nossas<br />

sub-categorias de “Línguas do mundo” e “Funcionamento da linguagem verbal”),<br />

nós consideramos que esta componente é mais lata (talvez devido ao contexto de<br />

plurilinguismo em que o nosso trabalho se inscreve?...) e que inclui,<br />

nomeadamente, aquilo que Candelier (2001b) designa por “cultura linguística”, ou<br />

seja, os saberes relativos às línguas, que incluem, por exemplo, o (re)conhecimento<br />

da existência de relações históricas entre as línguas, que as<br />

aproximam/distanciam tipologicamente, bem como certaines composantes des<br />

attitudes (p.4) (a nossa sub-categoria de “Mundo das línguas).<br />

Ao conceber o desenvolvimento de cada uma das categorias de análise<br />

pretendemos, na medida do possível, dar conta do percurso evolutivo das várias<br />

5 Wolff, D. (1995) “Zur Rolle des Sprachwissens beim Spracherwerb”. In C. Gnutzmann & F. G. Königs (eds.)<br />

Perspektiven des Grammatikunterrichts. Tübingen: Narr (201-214).

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