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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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conceptuais e metodológicas <strong>dos</strong> enquadramentos em que emergem ou não nos<br />

movêssemos, do ponto de vista epistemológico, no domínio do construtivismo,<br />

aceitando, por isso, a explicitação de Geelan de que all perspectives have value,<br />

whether consistent with other views or not (1997: 26).<br />

536<br />

Mas será lícito aceitar uma, considerá-la como a mais válida, e recusar as<br />

outras? Ainda que a maioria <strong>dos</strong> projectos aposte no trabalho no seio de famílias<br />

de línguas (e este facto determine o entendimento de <strong>Intercompreensão</strong>),<br />

poderemos ignorar os que o não fazem? Ainda que grande parte <strong>dos</strong><br />

entendimentos se refira a, ou gire em torno de, uma competência receptiva,<br />

podemos ignorar os que incluem também as competências expressivas, ou, de<br />

forma a nosso ver mais questionável, impedir a possibilidade de eles emergirem<br />

no futuro? Tomemos como exemplo a afirmação de Meissner et al. (2004),<br />

parcialmente corroborada, como vimos, por Doyé (2005a), de que a<br />

<strong>Intercompreensão</strong> é a competência específica de compreensão de uma LE não<br />

estudada. Será ética, e, sobretudo, cientificamente, correcto advogar esta<br />

concepção como “a” definição de <strong>Intercompreensão</strong>, dado que ela aparenta deixar<br />

de fora tantos outros “detalhes” significativos, como por exemplo a própria<br />

dimensão interactiva que encontramos noutras acepções, e que o próprio Doyé<br />

parece admitir?<br />

É certo que por vezes os discursos nos traem, sobretudo quando queremos<br />

evitar repetições e procuramos paráfrases (uma justificação possível para o facto<br />

de encontrarmos as mesmas vozes a produzir afirmações mais ou menos<br />

diferentes). A questão que orienta a nossa reflexão, por isso, é: será possível uma<br />

formulação com que to<strong>dos</strong> nos identifiquemos e que seja a base da nossa<br />

“intercompreensão” quando falamos de <strong>Intercompreensão</strong>?<br />

Poderíamos ter optado por responder negativamente a esta questão e<br />

continuar a navegar o mar das indefinições que motiva o título do Capítulo 8.1.2.<br />

Mas esta solução, enquanto investigadoras num campo que se quer afirmar – o da<br />

Didáctica do Plurilinguismo – dentro do campo já relativamente consolidado da<br />

Didáctica de Línguas –, não nos agradou. O que nos propomos então é,

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