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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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necessariamente que desses contactos eles extraiam conhecimento ou sequer que os<br />

relacionem com as aprendizagens escolares (<strong>Santos</strong> & Andrade, 2002: 126).<br />

Até este momento, as nossas tentativas de análise assentavam na<br />

indefinição assumida das noções de <strong>Intercompreensão</strong> e de Competência<br />

Plurilingue, e nas nossas incipientes tentativas de clarificação do quadro teórico<br />

em questão, em que conjugávamos os dois conceitos, considerando o primeiro<br />

como componente do segundo, isto é, a <strong>Intercompreensão</strong> como uma competência<br />

parcial da CP, permitindo a gestão do repertório linguístico-comunicativo que a<br />

comporia (<strong>Santos</strong> & Andrade, 2001).<br />

Recorde-se que, no subtítulo inicial do nosso projecto de investigação,<br />

tínhamos considerado a <strong>Intercompreensão</strong> como uma estratégia para desenvolver a<br />

Competência Plurilingue de aprendentes escolares portugueses, ou seja, já nessa altura,<br />

ainda que sem consciência clara do facto, víamos a <strong>Intercompreensão</strong> de certo<br />

modo subalternizada em relação à Competência Plurilingue, ao seu serviço e,<br />

necessariamente, como uma “entidade” mais restrita do que esta última – mais<br />

uma ideia componente de um pensamento claramente difuso em que, simultânea<br />

e paradoxalmente, aceitávamos a premissa de Pomphrey (1999: 84) que incluía no<br />

conceito de <strong>Intercompreensão</strong> uma variedade quase infinita de outros conceitos<br />

liga<strong>dos</strong> ao uso e <strong>aprendizagem</strong> de línguas.<br />

Retomando, por isso, a noção de Competência Plurilingue, tal como<br />

apresentada pelo Quadro Europeu Comum de Referência (Alves, 2001 3 ) e<br />

desenvolvida por Andrade & Araújo e Sá (2003), que nela identificaram quatro<br />

dimensões – sócio-afectiva, gestão do repertório linguístico-comunicativo, gestão<br />

da interacção, gestão do repertório de <strong>aprendizagem</strong> (cf. Capítulo 8) –, e uma vez<br />

que, como dissemos, as nossas primeiras análises se tinham concentrado de certo<br />

3 Pela importância assumida por este documento no quadro actual das políticas e práticas educativas em<br />

línguas e, consequente, divulgação e generalização da sigla composta a partir das iniciais do título (que<br />

encontramos também em textos noutras línguas), a partir de agora passaremos a identificá-lo como QECR,<br />

2001.<br />

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