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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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que elas efectivamente fizeram para aceder ao sentido <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> verbais<br />

apresenta<strong>dos</strong>, ou seja, as estratégias que colocaram em acção.<br />

284<br />

De facto, com o decorrer do PP fomo-nos apercebendo da importância de<br />

que se revestem, no processo concreto de compreensão, as opiniões ou<br />

conhecimentos <strong>dos</strong> sujeitos acerca daquilo que é possível “fazer” com e em relação<br />

às línguas, sobretudo as não estudadas, e como essas ideias prévias podem<br />

condicionar ou potenciar o sucesso na resolução da tarefa – temática que<br />

informará a primeira parte deste capítulo. Mas igualmente influenciador deste<br />

processo é o conhecimento que as alunas mostram ter de si próprias, quer como<br />

“linguistas”, isto é, como sujeitos dota<strong>dos</strong> de competência para lidar com as<br />

línguas, quer como aprendentes de línguas, de um ponto de vista mais formal (cf.<br />

noção de “self-concept” apresentada em Williams & Burden, 1997). Neste primeiro<br />

sub-capítulo procuraremos, então, dar conta, por um lado, do posicionamento das<br />

alunas face ao que se pode fazer com as línguas, isto é, as suas teorias sobre o que<br />

um qualquer sujeito poderá fazer quando confrontado com certo tipo de da<strong>dos</strong><br />

verbais, e, por outro, a opinião que têm sobre aquilo que elas próprias são capazes<br />

de fazer, sobretudo quando colocadas perante as propostas de trabalho<br />

apresentadas no âmbito do PP – dois domínios de pensamento que, como<br />

veremos, nem sempre são coincidentes.<br />

Procurando detectar as origens das opiniões e pensamentos expressos pelas<br />

aprendentes a propósito destas matérias, e considerando a complexidade de<br />

factores que poderão intervir na sua constituição, esta análise será ainda eivada<br />

pela tentativa de identificação de características da prática escolar de<br />

<strong>aprendizagem</strong> de línguas que as alunas até então tinham vivenciado e da sua<br />

própria vivência pessoal de situações de contacto informal com o mundo das<br />

línguas, passíveis de marcar a sua reacção perante (e acção com) as línguas que, ao<br />

longo do PP, lhes vão sendo apresentadas.<br />

Num segundo momento, ou seja, na segunda parte deste capítulo,<br />

passaremos, então, do domínio das opiniões e afirmações produzidas pelas alunas,<br />

para uma observação mais atenta da suas práticas, da forma como lidaram, em

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