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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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2.4 “Que tipo de trabalho propor em terreno educativo?”:<br />

construção do “Projecto de intervenção Plurilingue” (PP)<br />

As “situações educativas” são situações humanas e sociais e têm, em<br />

comum com todas as outras situações humanas e sociais, a<br />

característica de ocorrerem apenas uma só vez e de não serem,<br />

portanto, integralmente “reproduzíveis”.<br />

(Mialaret, 2001: 49)<br />

Relativamente conscientes de que o terreno educativo é complexo e de que,<br />

por isso, o trabalho a propor teria que ser adequado a essa complexidade;<br />

alertadas para a dificuldade, temporal mas não só (cf. epígrafe), de recuperar de<br />

uma falha ocorrida, lançámo-nos, então, na empresa de construír um programa de<br />

intervenção que nos permitisse responder às questões levantadas nesta<br />

investigação, nomeadamente as que se referiam ao desempenho de aprendentes<br />

escolares portugueses em situação de contacto com da<strong>dos</strong> verbais desconheci<strong>dos</strong>.<br />

Ao entrarmos na fase de opção pelos mo<strong>dos</strong> e concepção <strong>dos</strong> instrumentos<br />

de intervenção no terreno, começámos por sistematizar alguns <strong>dos</strong> pressupostos<br />

que, a nosso ver, deveriam nortear essa intervenção e que tinham resultado,<br />

maioritariamente, da nossa reflexão em torno <strong>dos</strong> projectos europeus que<br />

tratavam a temática da <strong>Intercompreensão</strong> (cf. Capítulo 1.3). Assim, chegámos a<br />

esta série de premissas, que eram, simultaneamente, hipóteses a testar:<br />

- se a <strong>Intercompreensão</strong> inclui diversificação, transferência (com base em<br />

conhecimentos prévios de origem e tipo diversos), se pode ser a capacidade de<br />

aceder ao sentido de uma LE nunca estudada e se contribuirá para o<br />

desenvolvimento da Competência Plurilingue, trabalhar estas questões em<br />

contexto escolar parece apontar para a necessidade de proporcionar aos alunos,<br />

quer o contacto com a diversidade linguístico-cultural, quer oportunidades de<br />

rentabilização e sistematização <strong>dos</strong> contactos que vão estabelecendo extra-escola;<br />

afinal, a tarefa do educador não é a de dispensar o conhecimento mas sim a de proporcionar<br />

aos alunos oportunidades e incentivos para o construir (von Glasersfled, 1999: 20);<br />

- isto só poderá acontecer se se deixar de conceber o espaço da aula de<br />

língua como espaço exclusivo de uma ou duas línguas (se considerarmos a LM),<br />

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