16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- heterogénea e compósita – pelo carácter igualmente heterogéneo de que se revestem<br />

as situações de contacto com a Diversidade e os resulta<strong>dos</strong> daí advenientes, que é<br />

necessário que o sujeito integre nos schemata já construí<strong>dos</strong>,<br />

- desequilibrada – porque sauf exception, les compétences de chacun sont plus grandes<br />

dans une langue que dans une autre (Goullier, 2006: 88) e o domínio pelo sujeito,<br />

dentro de cada língua, das dimensões de expressão e de compreensão também não<br />

é, geralmente, equivalente (e por isso discordamos da definição/afirmação de<br />

Bernaus (2005: 51) já citada, de que os sujeitos plurilingues são, tout-court, os<br />

locutores que falam diversas línguas),<br />

- onde se reequaciona sistematica e continuamente a relação entre os diferentes saberes<br />

linguísticos e culturais – pois sem se relacionar o novo com o já conhecido não há<br />

verdadeira <strong>aprendizagem</strong>, verdadeiro desenvolvimento de uma competência<br />

global que possibilite o reinvestimento, em novas situações, de conhecimentos e<br />

capacidades previamente adquiri<strong>dos</strong>/desenvolvi<strong>dos</strong>.<br />

Constitui-se, por isso, como uma competência que engloba um conjunto de<br />

atitudes, saberes, saberes em acção e capacidades (Andrade, Araújo e Sá et al., 2003:<br />

493), distribuídas por quatro grandes dimensões que se relacionam entre si num processo<br />

de mobilização de múltiplos recursos (idem), a saber: dimensão socio-afectiva<br />

(vontades, disposições e motivações em relação às línguas, às culturas e à<br />

comunicação e interacção com o Outro); dimensão <strong>dos</strong> repertórios linguístico-<br />

-comunicativos (composta pelos resulta<strong>dos</strong> da história linguístico-comunicativa<br />

do sujeito e incluindo a sua capacidade para com eles lidar e os actualizar em<br />

novas situações); dimensão de gestão <strong>dos</strong> repertórios de <strong>aprendizagem</strong><br />

(concretizada pela capacidade do sujeito de recorrer a diversas operações de<br />

<strong>aprendizagem</strong> verbal); dimensão de gestão da interacção (onde se incluem<br />

processos interactivos próprios das situações de contacto de línguas, tais como a<br />

interpretação, a tradução ou a alternância códica; op. cit.: 495).<br />

Tomamos, ainda, em consideração (e fizemo-lo quando concebemos o nosso<br />

projecto de intervenção) a explicitação das mesmas autoras de que esta<br />

competência é relativamente autónoma face aos conteú<strong>dos</strong> e materiais escolares, já que se<br />

491

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!