16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2.1 “Como construir conhecimento sobre esta temática?”:<br />

construtivismo - uma referência<br />

O construtivismo é uma teoria sobre o conhecimento e a <strong>aprendizagem</strong>,<br />

que se ocupa tanto daquilo que é o «conhecer» como do modo como «se<br />

chega a conhecer».<br />

Fosnot (1999: 9)<br />

O reconhecimento da interdependência entre a construção desta<br />

investigação e a nossa própria construção enquanto investigadora é o mote que<br />

nos conduz à reflexão sobre o Construtivismo como ponto de referência para o<br />

trabalho desenvolvido, tanto no que se refere ao domínio da investigação<br />

propriamente dita, como no que respeita ao objectivo de intervenção no terreno<br />

educativo, junto de alunos reais que pretendíamos que construissem<br />

conhecimentos e desenvolvessem competências em relação às línguas (dimensão<br />

que não desenvolveremos aqui, mas que emergirá, pontualmente, nos capítulos<br />

seguintes). Assumir o Construtivismo como um paradigma de referência implica,<br />

porém, abraçar uma vez mais um campo de conhecimento prolixo e diverso,<br />

composto por inúmeros olhares e objecto de diversos desenvolvimentos (cf.<br />

Phillips, 1995; Geelan, 1997). É, por isso, necessário limitar o âmbito da reflexão<br />

aqui realizada aos aspectos deste paradigma que mais estreitamente se relacionam<br />

com o objectivo que nos fez chegar até ele, ou seja, compreender o “modo como<br />

chegámos a conhecer”.<br />

De facto, as teorias construtivistas, postulando que nós, como seres<br />

humanos, não temos acesso a uma realidade objectiva dado que construímos dela<br />

a nossa própria versão e, ao mesmo tempo, transformamo-la, a ela como a nós<br />

próprios (Fosnot, 1999: 44), fundamentam a nossa necessidade de olhar esta<br />

investigação como uma construção pessoal, na medida em que human knowledge<br />

and the criteria and the methods we use in our inquiries are all constructed (Phillips,<br />

1995: 5), assim como é, cultural, social e epistemologicamente construído o corpo<br />

de conhecimentos de que dispusemos, tanto para adquirir (ou ir adquirindo) ao<br />

longo deste processo, como para servir de ponto de partida para a concepção do<br />

51

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!