16.04.2013 Views

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O retomar destas formulações, para além de mais uma vez nos alertar para<br />

as evidentes contradições e imprecisões já denunciadas (cf. Capítulo 1.2),<br />

levantou-nos novas interrogações: face ao trabalho que tínhamos implementado<br />

no terreno e aos da<strong>dos</strong> que tínhamos decidido coligir, a que questões poderíamos,<br />

de facto, responder? A formulação inicialmente pensada deveria ser mantida?<br />

Na verdade, apercebemo-nos de que, fruto do caminho que o processo de<br />

investigação tinha efectivamente percorrido, o qual de certa forma determinou o<br />

próprio ângulo de análise que decidimos adoptar, se impunha, antes de partir<br />

para uma análise mais profunda <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, um repensar e reformular das<br />

questões e objectivos investigativos propostos, em função precisamente das<br />

informações que as primeiras leituras desses da<strong>dos</strong> já nos tinham fornecido e que<br />

nos davam agora uma visão mais clara daquilo a que poderíamos aspirar<br />

conhecer, realizada que estava, e da forma que estava, a intervenção no terreno.<br />

Quanto à primeira questão, que aponta para a finalidade nomotética deste<br />

trabalho, ela não poderia, nunca, ser alienada, até porque a indefinição do conceito<br />

de <strong>Intercompreensão</strong> continuava a ser visível, não apenas no nosso trabalho como<br />

na própria literatura que entretanto foi sendo divulgada (cf. Capítulo 9). Contudo,<br />

perante os da<strong>dos</strong> e as primeiras reflexões realizadas, no seio das quais as noções<br />

de Competência Plurilingue e de Language Awareness pareciam ganhar terreno, no<br />

que se referia a uma prática em sala de aula, face ao conceito de <strong>Intercompreensão</strong><br />

tal como inicialmente o encarávamos – entre competência e estratégia –, pareceu-<br />

-nos conveniente desligar este nosso conceito-chave, pelo menos num primeiro e<br />

mais genérico momento, do contexto restrito da <strong>aprendizagem</strong> de línguas. De<br />

facto, as nossas reflexões tinham vindo a confrontar-nos com o carácter<br />

potencialmente redutor desta ligação (assunto a que voltaremos na terceira parte<br />

desta dissertação), pelo que passámos a considerar que a questão a colocarmo-nos<br />

seria: O que é a <strong>Intercompreensão</strong>?, à qual corresponderia o objectivo de clarificar<br />

o conceito, e já não o de o “delimitar”, como inicialmente pretendido. Deste modo<br />

corresponderíamos a esta intuição da necessidade de alargamento do campo<br />

semântico de abrangência da noção de <strong>Intercompreensão</strong>, em resposta,<br />

205

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!