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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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404<br />

Duas alunas referem ainda a questão do cumprimento <strong>dos</strong> Programas, que<br />

não prevêem este tipo de trabalho, realçando, num caso, uma suposta<br />

compartimentação e necessidade de concentração exclusiva no objecto de<br />

<strong>aprendizagem</strong> em causa,<br />

(24) Cr porque são essas as línguas que nós estudamos / acho que seria mais fácil fazernos<br />

aprender inglês com inglês do que levar textos em alemão para aprendermos inglês // tem<br />

tudo a ver também com os programas / e com... é para... aprender inglês não é p’ra ler textos<br />

em alemão p’ra aprender inglês // talvez não haja necessidade<br />

(Apêndice III.1 – nº63);<br />

e, no outro caso, a extensão <strong>dos</strong> Programas que, só por si, dificulta esse<br />

cumprimento, sendo, por isso, impeditivos da introdução de uma abordagem do<br />

tipo proposto:<br />

(12) N porque eles têm outras matérias para dar / e… apesar de poder ser<br />

interessante… não podem perder tempo / isto é… nós levamos muito mais tempo a…<br />

compreender estes textos não é? / e… para se cumprir o programa… // acho que é difícil / até<br />

porque se nós não percebermos… / eles têm que dar na mesma a matéria como… costume não<br />

é?<br />

(Apêndice III.1 – nº77).<br />

A aluna C acrescenta à preocupação exclusiva em “dar só aquela matéria”<br />

(Apêndice III.1 – nº57) a “dependência” em relação ao Manual Escolar, muitas<br />

vezes a via de acesso preferencial aos conteú<strong>dos</strong> programáticos, uma vez que “são<br />

poucos os professores que recorrem a fotocópias”, ou a qualquer outro tipo de material<br />

de apoio (pensamos nós poder inferir). CI e CS assumem não conhecer uma<br />

explicação (cf. Apêndice III.1 – nºs 59 e 67), embora a segunda coloque a hipótese de<br />

esta ser uma ideia que nunca teria surgido aos docentes, e a primeira acrescente,<br />

mesmo sem lhe ter sido perguntado, que seria interessante a adopção desta<br />

estratégia, mesmo que os professores tenham que “ensinar a disciplina em si” –<br />

reflexo da mesma visão compartimentada de Cr, mas relativizada por uma<br />

(incipiente) visão integradora e, sobretudo, flexível do currículo. Visão pouco ou<br />

nada flexível é explicitamente assumida, também, por I:

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