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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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constatar que elas, aparentemente, compreendiam os objectivos do trabalho<br />

animava-nos a esperar progressos significativos nos desempenhos.<br />

A nossa busca de caminhos possíveis para a compreensão <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> a que<br />

íamos tendo acesso conduziu-nos, noutro momento, a uma análise mais focalizada<br />

na Actividade Introdutória do 1º Módulo - “Astérix” –, a partir da qual<br />

concluímos que:<br />

- o grau de sucesso na identificação <strong>dos</strong> vocábulos propostos foi, como esperávamos,<br />

bastante elevado (<strong>Santos</strong> & Andrade, 2002: 124);<br />

- nem sempre era possível identificar a causa <strong>dos</strong> erros, já que os alunos se inibiram<br />

de explicitar as suas opções devido à presença de dois elementos estranhos: a investigadora<br />

e a câmara de filmar (idem);<br />

- os aprendentes sentem dificuldade em explicitar as estratégias a que recorreram (…)<br />

[aparentemente porque] não estão habitua<strong>dos</strong> a que lhes seja perguntado como<br />

procederam para resolver as tarefas de compreensão que lhes são constantemente solicitadas<br />

em aulas de língua (parece que se dá maior ênfase aos produtos do que aos processos) (op.<br />

cit.: 125);<br />

- se confirmam as lacunas nos conhecimentos sobre as línguas, sendo bastante<br />

reduzido o leque de línguas apontado para os vários textos em análise, as quais à<br />

excepção do russo e do basco, se incluem todas em apenas duas famílias linguísticas:<br />

românica e germânica; por outro lado é feita alguma confusão entre nome de povo e<br />

nacionalidade (caso do holandês e do austríaco) (idem);<br />

- as aprendentes revelaram, apesar das lacunas enunciadas, alguma<br />

capacidade de observação das línguas, pois,<br />

quando mencionam o espanhol e o basco fazem-no em relação, de facto, a<br />

línguas de Espanha (asturiano e catalão), ainda que não tenham a noção de que<br />

o basco é bastante diferente das outras línguas da Península (e daí<br />

confundirem-no com o catalão e, no caso do texto que se apresentava realmente<br />

nessa língua, identificarem-no como estando em línguas que lhes são<br />

porventura mais estranhas: russo e romeno). Também quando se trata do<br />

flamengo e do afrikaans, a identificação como sendo alemão não deixa de ser<br />

curiosa, uma vez que estas três línguas apresentam, de facto, dentro do grupo<br />

das germânicas, bastantes semelhanças (idem ibidem).<br />

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