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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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2.3.2 Primeiro retrato do público seleccionado<br />

A selecção do “caso” a estudar foi não-probabilística e intencional: optámos<br />

por uma turma de Latim de uma Escola Secundária onde tínhamos exercido a<br />

actividade docente, em período parcial, no ano lectivo anterior (cf. Capítulo 3.1),<br />

cuja Direcção, ao tomar conhecimento do nosso trabalho, imediatamente pôs à<br />

nossa disposição os recursos que considerássemos necessários. Também o<br />

Professor de Latim efectivo da escola se mostrou receptivo a colaborar,<br />

ressalvando porém a necessidade de se cumprir o Programa da Disciplina,<br />

exigente e algo extenso, já que, no final do Ensino Secundário, os alunos estariam<br />

sujeitos a Exames Nacionais, cujas classificações poderiam ter impacte directo no<br />

seu futuro académico.<br />

Assegurando-lhe que partilhávamos dessa mesma consciência e<br />

preocupação, discutimos então em que turma deveria ser implementado o<br />

projecto, sendo que tínhamos à nossa disposição uma turma de cada ano de<br />

escolaridade: 10º, 11º e 12º anos.<br />

A opção pelo 12º ano foi quase imediatamente posta de parte, pois este era<br />

um nível em que o Programa da Disciplina era particularmente longo e<br />

conducente a Exames Finais que permitiam pouca flexibilização de planificação,<br />

em particular numa situação exploratória e naturalmente imprevisível como a que<br />

estávamos a propor.<br />

Refira-se que a preocupação com a extensão do Programa e a realização de<br />

Exames Finais não era exclusiva deste professor (e nossa, pois tínhamos a<br />

experiência de leccionar um 12º ano de Latim); o documento da Revisão<br />

Curricular já citado evidencia que:<br />

No ensino secundário muitos professores sentem-se pressiona<strong>dos</strong> e<br />

condiciona<strong>dos</strong> pelos exames nacionais, vivendo com um dilema entre a<br />

avaliação interna e a avaliação externa […]. Em geral, a opção é conhecida.<br />

Trata-se de preparar os alunos para os exames, “medindo” as suas<br />

aprendizagens através <strong>dos</strong> instrumentos mais semelhantes a uma prova de<br />

exame: os testes. É uma opção questionável, mas compreensível se tivermos em<br />

conta que as concepções predominantes sobre avaliação das aprendizagens

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