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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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porém, ao primeiro objectivo, na medida em que, na formulação das afirmações a<br />

classificar de “verdadeiras” ou “falsas”, procurámos ter em conta a leitura que<br />

vínhamos fazendo <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> em recolha e, assim, confirmar ou infirmar as nossas<br />

hipóteses pelo confronto com o que as alunas de facto afirmavam sentir ou pensar,<br />

tendo, porém, a noção de que, muitas vezes, as atitudes manifestadas ao longo da<br />

implementação do PP poderiam ter sido inconscientes e que, no momento de<br />

resolução do questionário, face às verbalizações propostas, elas seriam obrigadas a<br />

consciencializar esses processos e a optar por uma resposta não coincidente com a<br />

nossa própria análise de cada uma delas. Esta é, por um lado, uma potencial<br />

perversidade do recurso à técnica de inquérito – a opção, por parte do<br />

respondente, pela resposta que considera ser a esperada (Pardal e Correia, 1996;<br />

Geelan, 1997; Anderson, 2002) -, mas, por outro, e do ponto de vista da validação<br />

da investigação pela triangulação, pode ser considerada uma mais-valia, já que<br />

triangulation serves also to clarify meaning by identifying different ways the phenomenon<br />

is being seen (Stake, 2000: 444). Na tentativa de minimizar aquele problema, e de<br />

evitar que o confronto com outras formulações levasse as alunas a alterar a<br />

primeira opção de resposta seleccionada (nomeadamente porque, em geral,<br />

redigimos vários enuncia<strong>dos</strong> sobre uma mesma temática, mas apresentando-os<br />

distantes uns <strong>dos</strong> outros sempre que implicassem um certo grau de exclusão<br />

mútua), solicitámos-lhes que classificassem as frases pela ordem apresentada, sem<br />

voltar atrás e sem rasurar, abrindo no final da questão 1 um espaço para comentar<br />

alguma das opções efectuadas.<br />

As frases foram formuladas em função do observado ao longo do PP e<br />

construídas em torno de conceitos ou princípios-chave, quer da linguagem e<br />

funcionamento da sala de aula, quer do nosso projecto, cujo conteúdo e relação<br />

nem sempre nos pareceram ser claros para as aprendentes 8 , a saber: a noção de<br />

“contacto” com uma língua e sua relação com a <strong>aprendizagem</strong>; a relação entre os<br />

conceitos de compreensão e tradução; o papel, na compreensão, de conhecimentos<br />

prévios e competência referencial.<br />

8 Aspectos a desenvolver nos capítulos de análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>.<br />

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