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Maria Leonor Simões dos Santos Intercompreensão, aprendizagem ...

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que, como vimos, será fundamental para o sucesso deste tipo de trabalho, se não<br />

mesmo para o de qualquer situação de ensino-<strong>aprendizagem</strong> (cf. tese de Ana<br />

Pinho, em fase de conclusão). Identificamo-nos, a este respeito, com as palavras de<br />

Kervran, que salienta que,<br />

au sein de l’école, l’enseignant de langue(s) apparaît bien comme l’acteur<br />

priviligié de la mise en place de cette éducation plurilingue […] Il lui faut pour<br />

cela développer une capacité à cerner, valoriser et tirer parti de la complexité,<br />

de la singularité et de la diversité des contextes et des locuteurs pour élaborer<br />

des situations éducatives fondées sur la prise en compte de cette diversité et<br />

prendre conscience de son rôle en tant que formateur d’individus tous<br />

potentiellement ou effectivement plurilingues (2005: 59).<br />

Reforçamos esta ideia com as palavras de Alvelos, de que nos apropriamos<br />

para ilustrar o papel do professor na concretização do potencial aquisitivo de uma<br />

abordagem plurilingue do tipo da proposta:<br />

Será essencial compreendermos que o acesso à tal informação que nos rodeia<br />

não é, só por si, sabedoria. Esta é o resultado da informação quando articulada<br />

com a experiência que vamos adquirindo nos mais diversos contextos, e é o<br />

gerir desta experiência perante os novos da<strong>dos</strong> que nos vão sendo forneci<strong>dos</strong><br />

que constitui o verdadeiro saber. […] Assim, e retomando o contexto<br />

pedagógico, feito de experiência e informação ao dispor de to<strong>dos</strong> os<br />

intervenientes, o saber será então compartilhado, e o aluno será o grande<br />

questionador, passando o professor a um plano mais discreto, mas não menos<br />

importante. O seu papel é de cada vez maior responsabilidade, exactamente<br />

porque terá que orientar e moderar permanentemente as descobertas <strong>dos</strong><br />

alunos, e estimular o seu espírito crítico e criativo. O professor terá desta forma<br />

a seu cargo, mais do que a transmissão da informação, o moderar da aquisição<br />

de experiência por parte <strong>dos</strong> alunos (1997: 71).<br />

A possibilidade de trabalho colaborativo com outros docentes seria também<br />

uma forma de colmatar alguns constrangimentos que esta abordagem lhe possa<br />

colocar, pois, como alerta Hawkins, the pressing need, if progress is to be made in<br />

awareness of language, is for the various kinds of language teacher to learn to co-operate<br />

(1999: 139).<br />

Perante estes desafios, é pertinente clarificarmos os conceitos fundadores do<br />

quadro conceptual em que a abordagem de actividades plurilingues em aulas de<br />

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