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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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as motivações e as expectativas destas, com freqüência enfrentadas à predisposição do<br />

imigrante, que é a de procurar o enriquecimento rápido, embora isso implique a submissão<br />

a situações e condições de trabalho precárias 102 . Além da adaptação ao modo de produção,<br />

o imigrante deve aprender, às vezes junto à sua família, a se relacionar funcional e<br />

formalmente com as condições e os grupos sociais nacionais com os que, se não quer<br />

permanecer isolado, tem que conviver no ambiente urbano. Costa divide o processo de<br />

adaptação em três fases: socialização, personalização e aculturação. A elas refere-se como<br />

se segue:<br />

En todo proceso de adaptación social encontramos tres componentes que surgen de la interacción<br />

entre individuos y grupos y que condicionan el éxito del proceso: se trata de los factores de<br />

socialización, personalización y aculturación.<br />

Por un proceso de socialización, el individuo se inserta en el grupo. Conoce el papel social que tiene<br />

en él y lo que los otros miembros esperan de esta inserción.<br />

La personalización supone el desarrollo de la personalidad en la autonomía y la coordinación con el<br />

grupo social.<br />

La aculturación implica la asimilación de experiencias y bienes culturales que son interiorizados de<br />

tal forma que la existencia propia y la del grupo son interpretados y desarrollados en un sentido<br />

determinado (Costa,1971: 30).<br />

Todavia, para que esse processo se desenvolva, os naturais do país que convivam<br />

com os imigrantes devem permitir que esses trabalhadores estrangeiros possam se adaptar.<br />

Caso contrário, a ausência de empatia e de afeto acrescentaria a distância social e o<br />

isolamento dos imigrantes, aumentando-se a despreocupação destes em relação aos<br />

problemas sociais, políticos e culturais da sociedade receptora.<br />

III. 1. 9. As relações bilaterais e a imigração<br />

A questão migratória, embora envolva dois países, é pautada e, inclusive, resolvida<br />

unilateralmente, pelo jogo de interesses entabulado pelo parceiro dominante, isto é, o país<br />

da imigração. De todas as formas, o país da emigração, não pode ignorar completamente<br />

102 No Brasil, no entanto, os imigrantes foram os organizadores do movimento operário, o qual fez com que,<br />

desde a proclamação da República, do governo, das estruturas patronais e da imprensa não-operária, se<br />

tentasse desqualificar as ações e reivindicações sindicais vinculando-as a ideologias exógenas alheias aos<br />

interesses nacionais. A socióloga Paula Beiguelman (1977: 15) destaca, nesse sentido, um comentário<br />

publicado no jornal O Estado de São Paulo aos 28 de novembro de 1889: “Em fins de 1889, escrevia um<br />

articulista na imprensa de São Paulo: ‘Isto de paredes vai se tornando, pelos modos, um verdadeiro contágio a<br />

que estão sujeitas as classes proletárias. A coisa veio-nos da Europa e, como as modas, pegou logo, propagouse<br />

com presteza’”.<br />

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