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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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indolência causada pela fartura do meio físico: “Quizás la vida fácil que llevan los<br />

moradores de la ribera sea obstáculo al progreso de la población”. A “vida fácil”, na sua<br />

visão é também uma característica do dia-a-dia das tribos indígenas da região. Ele nomeiaas,<br />

mas só entra em contato direto com os índios karajás, alguns de cujos traços distintivos<br />

– habitação, higiene, pinturas corporais, aculturação e religião – menciona sumariamente.<br />

Sobre o modo de vida dos karajás destaca: “La vida de estos indios es simple y regalada.<br />

Naturaleza les prodiga cuanto necesitan. Cultivan, sin gran esfuerzo, mandioca, maíz,<br />

batata, patatas, bananas, sandías, abóboras. Cazan y pescan en abundancia. La indumentaria<br />

no les preocupa gran cosa” (Casais, 1940: 201).<br />

Não sabemos qual foi a continuação da viagem de Casais. O capítulo do livro<br />

dedicado ao Estado de Goiás – a “Quinta Parte” – é interrompido com o relato da sua<br />

experiência turística, pescando e caçando, em Leopoldina. A “Sexta Parte”, com a que se<br />

encerra a obra, parte de uma viagem, de trem, do Rio de Janeiro a Vitória, a capital do<br />

Espírito Santo. Até Goiás, o roteiro seguido por Casais fora uma continuação do percurso<br />

que iniciara no Rio. Supõe-se que ele regressou de Goiás ao Rio, sem sabermos por onde<br />

transitou, e estando no Rio, de novo empreendeu uma viagem. O encerramento da “Quinta<br />

Parte” é uma declaração de simpatia à Cidade de Goiás e ao rio Araguaia. Carecemos de<br />

dados que nos permitam informar se ele retornou a essa cidade e a esse rio. No entanto ele<br />

declarou que essa era a sua pretensão:<br />

Terminé, por ahora, mi rápida visión del Araguaya. Diez días me supieron a poco. Excursión<br />

turística, meramente turística, que los motivos de belleza del Berocan son infinitos.<br />

Por ahora... porque volveré. Volveré a vivir la ciudad de Goyaz, algunas semanas, y el río Araguaya,<br />

algunos meses, sin apremios, como mejor se siente el regalo de la Naturaleza.<br />

El camión aguarda a la puerta de Tulio.<br />

– A ver, Ubaldino, para mí un pasaje de ida y vuelta (Casais, 1940: 203).<br />

A “Sexta Parte” intitula-se Un mes en el río Doce. Nela, Casais narra o périplo que<br />

empreendeu pelo Espírito Santo antes de se adentrar no Estado de Minas Gerais e regressar<br />

a Belo Horizonte, encerrando, com isso, os apontamentos de viagem do livro. O relato da<br />

sua viagem de trem até a capital capixaba parte da, então, segunda cidade do Estado do Rio<br />

de Janeiro, Campos. O autor gosta muito da paisagem – zona de “agrestes matas” e<br />

“agrestes riachos” – desse trecho da travessia. Nesse trecho são feitas várias paradas. Em<br />

duas ferroviárias, a de Murundu e a de Itabapoana, emociona-o a fartura de quitandas que<br />

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