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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Fortaleza). Nesses comentários, não datados, mas publicados todos eles entre novembro de<br />

1937 e maio de 1938, salienta-se a qualidade e o rigor da análise feita por Las Casas acerca<br />

do que ele entendia e vaticinava como um lapso entre duas guerras mundiais 525 .<br />

525 Antônio Guimarães, do Diário Português, escreveu: “As páginas deste volume são, além do pessoalíssimo<br />

observador de Las Casas, sempre original e curioso, uma vasta messe de ensinamentos, como só os pode<br />

ministrar um cérebro vibrante, antena em contínuo contacto e vibração com as altas inteligências da<br />

humanidade que pensa. Não é só um rico manancial de cultura; é também um documento vivo dos nossos<br />

dias”. Múcio Leão ressalta sobretudo, no seu texto no Jornal do Brasil, o retrato que Las Casas fizera dos<br />

ditadores: “Seu ensaio sobre os ditadores é uma página vigorosa e atrai admiração ardente pelas figuras<br />

enérgicas que hoje dominam alguns dos países da Europa. Seja como for,é um livro muito interessante, que<br />

discute temas recentes de sociologia e direito. Vale a pena, portanto, ser lido e meditado”. No Diário da<br />

Noite, Austregésilo de Ataíde fez a seguinte crítica encomiástica: “Álvaro de Las Casas é um desses mestres<br />

do humanismo europeu, tangidos pelas borrascas políticas que varrem o mundo antigo. Trouxe-nos a<br />

colaboração do seu espírito enobrecido pelo conhecimento e veio partilhar conosco os frutos da sua velha<br />

sabedoria. Nele falam os séculos da cultura espanhola, com os seus arroubos, com os seus misticismos, com<br />

as suas glórias, com os seus pendores heróicos. O seu livro é um breviário de altos conceitos. É um manual de<br />

política, em que a inteligência exerce, no mais alto grau, o seu inelutável direito de pesquisas e livre exame.<br />

Consegue não ser sectário, encarando os panoramas da vida contemporânea na altitude do observador isento<br />

de paixões. O seu novo livro é um guia para o entendimento dos enigmas políticos da hora presente universal.<br />

Devemos-lhe a gratidão de havê-lo escrito em nossa língua”. Na Revista Naval, Carivaldo Lima, por sua vez,<br />

recomenda a leitura de Angústia das nossas horas: “Aí estão capítulos fortes sobre a Pátria, o Estado, a<br />

Democracia, os ditadores e a guerra. Escrito em linguagem serena e brilhante, o livro é interessante e<br />

nacionalista. O capítulo em que estuda a Pátria é um grito de patriotismo e de amor. “Angústia das nossas<br />

horas” deve ser lido e relido por todos os homens que se interessam pelos problemas políticos e sociais que<br />

hoje empolgam o mundo”. Jarbas de Carvalho, em A Noite, destacara: “O livro do Prof. Las Casas – tão cheio<br />

de conceitos novos, imprevistos e belos, apesar de raciocinar com o senso grave das realidades angustiosas<br />

das nossas horas – é capaz de despertar ideais os mais generosos. Fico nestas linhas, para lhe agradecer os<br />

benefícios que trouxe ao meu espírito e certamente ao de todos os seus leitores”. Em A Vanguarda, Lemos de<br />

Brito, louvara tanto o conteúdo quanto o estilo da obra: “Álvaro de Las Casas é um pensador robusto<br />

senhoreando temas de imensa complexidade. Conhecedor dos problemas políticos do mundo, senhor de vasta<br />

cultura, este escritor hispânico pode com brilho e mestria atacar de frente as questões sociológicas em foco, e<br />

no-las apresentar sob um prisma diferente. Estilista vigoroso, seus períodos são sínteses de idéias e obras de<br />

arte ao mesmo tempo; é um comentador que foge às frases feitas e tem a visão segura das realidades<br />

positivas”. Mário Monteiro, no Correio da Noite, louvara Angústia das nossas horas: “É um livro forte,<br />

original, perfeito, onde o que é breve na aparência, revela sempre uma amplitude que extasia e um conceito<br />

que perdura. Não é um simples livro de ocasião, mas sim uma valioso compêndio de alta filosofia universal<br />

que convém estudar. É obra de um observador inteligente e erudito, usando, com vantagem, de um estilo<br />

brilhante, claro e simples. Este livro todos poderão e saberão lê-lo e até compreendê-lo, mas não ousariam ou<br />

conseguiriam, certamente, escrevê-lo, como Las Casas o fez. Tanta perícia, tão profunda erudição e tão<br />

elegante simplicidade transformou cada leitor em um admirador incondicional dos seus méritos<br />

incontestáveis”. Em Aspetos, Raul de Azevedo frisa a clareza das argumentações de Angústia das nossas<br />

horas: “Um livro forte, com estilo alto e onde se acompanha com prazer o raciocínio do autor, e se vê a sua<br />

sólida cultura. Escritor insigne, Álvaro de Las Casas oferece-nos uma obra de pensamento e observação. Há<br />

capítulos que, tão claros são, deles não nos esqueceremos. No ensaio sobre as formas de nacionalismo,<br />

acompanhamos o seu raciocínio com verdadeiro prazer, tais os ensinamentos que deparamos... Um livro<br />

positivamente bom, bem raciocinado, lógico, e dentro da hora atual”. O último comentário sobre Angústia das<br />

nossas horas inserido por Las Casas em Na labareda dos trópicos é único que não procede de um periódico<br />

dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trata-se de um breve elogio publicado por J. Freitas Nobre em<br />

O Estado, de Fortaleza: “É um livro perfeito e a melhor análise até agora feita da situação atual do mundo”<br />

(Las Casas, 1939: 193-96).<br />

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