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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Geografias da presença galega na cidade da Bahia, uma análise em que se abordam as<br />

estratégias dos comerciantes galegos em Salvador durante o séc. XX.<br />

A existência de um grupo de professores da UFBA dedicados a pesquisas sobre os<br />

imigrantes galegos na Bahia e a relevância da colônia galega na cidade de Salvador fez com<br />

que, aos 30 de março de 1995, se criasse um Centro de Estudos da Lingua e Cultura<br />

Galegas (CELGA) mediante um convênio entre a Consellería de Educación da Xunta de<br />

Galicia e a UFBA. A missão fixada para esse Centro foi a de “incentivar, promover e<br />

realizar accións tendentes a estimula-lo intercambio cultural entre Bahía e a Galicia, e<br />

organizar cursos e seminarios de lingua, literatura e cultura galegas”. Através do CELGA<br />

se organizou, entre o 17 e 19 de outubro de 1996, o Simpósio de Língua e Imigração<br />

Galegas na América Latina, com Atas publicadas em 1998 pela editora da UFBA (Albán,<br />

1998) e, entre o 12 e o 15 de setembro de 2006, se organizou o 8° Congreso Internacional<br />

de Estudos Galegos. Por sua vez, o CELGA converteu-se em objeto de pesquisa. Em 2002,<br />

Ives Milena Santos Silva escreveu a sua Monografia de Conclusão de Curso de Graduação<br />

em História na Universidade Católica do Salvador sobre ele, intitulando-a Associações de<br />

galegos em Salvador: o caso específico do Centro de Estudos de Língua e Cultura Galegas<br />

1995-2002. Além dos estudos acadêmicos acima assinalados, um sindicalista galego, Lois<br />

Pérez Leira, publicou em 2002, com o título Galegos na Bahia de Todos os Santos, uma<br />

história da imigração galega na Bahia na qual incluiu um conjunto de biografias de galegos<br />

bem sucedidos da cidade de Salvador e destacou o poema de Eduardo Blanco Amor –<br />

Closa [sic] a Bahia –, inspirado nessa cidade, a qual fora conhecida pelo escritor em<br />

outubro de 1928, durante uma escala do navio que o levava de Buenos Aires à Galiza.<br />

Nesse livro, Pérez Leira lança a arriscada conjetura da origem galega de Diogo Álvares<br />

Correia, o “Caramuru”, a quem a historiografia brasileira sempre lhe outorgou uma<br />

provável nascença portuguesa 225 . O Caramuru galego-baiano de Pérez Leira é apresentado<br />

225 Na página que a digital Enciclopedia da emigración galega dedicara ao “Caramuru”, a mudança da estirpe<br />

do pioneiro realizou-se mediante uma taxativa asseveração, na qual também se observava a troca da ortografia<br />

no antropônimo: “Diego Álvarez Correa naceu na Coruña no século XVI, aínda que algúns investigadores<br />

portugueses afirman que naceu en Viana do Castelo” (Estava disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2003). No entanto, sim houve espanhóis entre os primeiros povoadores<br />

europeus da Bahia, mas eles chegaram quando já se assentara o Caramuru. Ao respeito, menciona Arthur<br />

Ramos (1962: 75): “A Bahia, antes da chegada do seu donatário Francisco Pereira Coutinho, teve como<br />

primeiro povoador Diogo Alves Corrêa, o famoso Caramuru das lendas, de cujo casamento com a índia<br />

Paraguaçu, saiu numerosa prole. Acredita-se que quando Martim Afonso de Souza por lá passou em 1531,<br />

deixando dois homens, o Caramuru já tinha seis genros e o próprio Pero Lopes, no seu diário, escreveu que a<br />

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