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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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com a Galiza publicadas nos exemplares de La Estirpe. Nosso primeiro intuito fora o de<br />

ponderar se havia nesse periódico uma orientação definida em relação à exposição das<br />

representações identitárias dos galegos do Rio. Concluímos que La Estirpe não pretendia<br />

retratar os galegos de um modo diferencial frente aos outros imigrantes espanhóis. La<br />

Estirpe apresentava-se como uma revista para todos os espanhóis do Brasil. Contudo, nela<br />

publicaram-se bastantes notícias sobre a Galiza e sobre o modo de vida dos galegos do Rio<br />

por eles serem a maioria dos espanhóis nessa cidade. A imagem que predomina sobre os<br />

imigrantes galegos é a de trabalhadores esforçados e honestos, solidários entre si, que com<br />

o seu labor contribuíam ao engrandecimento da Espanha e do Brasil.<br />

Desde 1923, ano em que nasce La Estirpe [12.10.1923], publicaram-se no periódico<br />

matérias relacionadas com os galegos, tanto com os galegos do Rio quanto com os galegos<br />

da Galiza. No n. 1 da publicação encontra-se um texto intitulado Grande Hotel Lapa (p.<br />

61), sem autoria especificada, que ocupa toda a página em que foi inserido. O texto<br />

combina a publicidade do estabelecimento hoteleiro e a louvação à trajetória profissional<br />

dos proprietários do hotel, que são destacados como exemplos do sucesso que se pode<br />

alcançar pelo trabalho perseverante e como exemplos da participação patriótica nas<br />

diversas sociedades criadas pelos espanhóis – galegos – na capital do Brasil. Eis o texto:<br />

Grande Hotel Lapa<br />

Cuando se asocian la honradez, la inteligencia, la perseverancia y el trabajo el resultado tiene que ser<br />

espléndido, y esto aconteció con los propietarios del “Grande Hotel”, D. José García Barbeira y D.<br />

Francisco Campos Pérez. Españoles los dos de pura cepa honran a su nacionalidad, presentando<br />

ambos unas hojas de servicios patrióticos e industriales dignas de todo encomio.<br />

En la parte patriótica, D. José García Barbeira, no regateó jamás sus actividades ni sus medios<br />

materiales para demostrar siempre que hizo falta sus desprendimiento para toda obra que enaltezca a<br />

la Patria.<br />

Nació en Galicia... llegó joven al Brasil, y siempre hizo compatibles sus actividades industriales, con<br />

las del patriotismo. La prueba de ello es que en los años de 1911 y 1912 fue presidente de la<br />

Sociedad Española de Beneficencia; también ha sido presidente del Centro Gallego, del cual es<br />

además socio protector, como es Gran Benemérito de la Beneficencia, miembro de la Cruz Roja<br />

Española, fundador de la Cámara Española de Comercio y uno de los incorporadores del Banco de<br />

España y Brasil. Al mismo tiempo que esto, se procuraba de dar incremento al “Grande Hotel” donde<br />

era interesado desde 1905. Resultando pequeño el establecimiento el Sr. García compró un inmueble<br />

junto al Hotel para servir de sucursal. Ha sido socio comanditario de diferentes negocios, es<br />

copropietario de una fábrica de celuloide en Nitheroy, en resumen que el Sr. García Barbeira<br />

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