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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Morales de los Rios y Garcia de Pimentel, “um mestre e inspirador de várias gerações, um<br />

renomado técnico”. Todavia, ele (Pinto do Carmo, 1959: 67) matiza que “Não se afirma<br />

seja acentuada, nas artes plásticas, a influência espanhola. Não é exagero apontar-se,<br />

entretanto, a contribuição de Espanha nesse setor da nossa cultura”. Embora mencione o<br />

influxo espanhol na decoração de templos na época colonial, a relação parte do valenciano<br />

Miguel Navarro y Canyzares [sic], chegado a Salvador-BA em fevereiro de 1876 e,<br />

cronologicamente, encerra-se com as menções ao sevilhano Juan Cabezas e Sastre, chegado<br />

ao Brasil em 1951, com oito anos, junto a seus pais. Apesar de ter qualificado de relevante<br />

a atuação dos pintores espanhóis assentados no Brasil e de qualificar como considerável a<br />

coleção de telas de pintores canonizados da Espanha repartida em pinacotecas públicas e<br />

coleções particulares, Pinto do Carmo (1959: 75-76) questiona a influência da pintura<br />

espanhola na pintura brasileira:<br />

É de salientar-se, igualmente, que os nossos artistas sempre manifestaram grande admiração pelos<br />

espanhóis, carinho esse que se tem traduzido por forma vária, inclusive, pelo estudo dos trabalhos<br />

dos expoentes da pintura castelhana. Eliseu Visconti, Candido Portinari e Manuel Santiago, três dos<br />

nossos guias na pintura, dão-nos significativa prova disso.<br />

Visconti, após ter viajado e conhecido várias escolas européias, deteve-se particularmente em Madri,<br />

no Museu do Prado, para executar cópias que figuraram em suas exposições: Rendição de Breda, As<br />

Meninas, Infante Carlos e Mariana de Austria, todos trabalhos de Velásquez.<br />

Portinari declarou que o seu maior desejo era ter pintado toda a obra de Goya, colorista sem igual.<br />

Santiago, detentor de vários prêmios nacionais, conhecedor dos luminares da pintura e infenso a<br />

cópias, fez somente uma: Cabeça de Felipe IV, de Velazquez.<br />

imigrante espanhol Juan Cabanelas Muinos”, da Associação de Empresários Espanhóis no Brasil e do<br />

Consulado Geral da Espanha em São Paulo. O livro em si compõe-se das biobibliografias ilustradas de vinte<br />

artistas plásticos espanhóis que se estabeleceram no Brasil, metade deles catalães. Foram apresentados<br />

estudos biobibliográficos de dois galegos, o compostelão Modesto Brocos e o viguês Domingos Garcia y<br />

Vasquez. Ao igual que Pinto do Carmo, Teixeira Leite remonta-se cronologicamente a Miguel Navarro y<br />

Cañizares e de todos os artistas plásticos que ele analisou salienta tanto o benefício que eles proporcionaram<br />

ao residirem no Brasil, desenvolvendo no Brasil a sua obra – “aqui produzindo, formando discípulos e<br />

enriquecendo nosso ambiente cultural” (Leite, 1996: 5-6) –, quanto a repercussão neles e na sua produção da<br />

experiência brasileira que os imbuiu; “deparando-se na terra de adoção – e tantas vezes de exílio – com novos<br />

cenários e expostos a novos estímulos ou desafios, também se enrijeceram e cresceram enquanto homens e<br />

enquanto artistas” (Leite, 1996: ). Teixeira Leite não explicita como escolheu os vinte artistas estudados no<br />

seu livro (Miguel Navarro y Cañizares. Modesto Brocos, Domingos Garcia y Vasquez, Agustín e Pablo<br />

Salinas, Luiz Graner y Arrufi, Francisco Puig Colom, Santa Olalla, Miguel Capplonch, Pedro Antonio,<br />

Francesc Domingo, Timoteo Perez Rubio, Isabel Pons, Angel Carretero, Pedro Tort, Fernando Odriozola,<br />

Joan Ponç, José Zaragoza, Francesc Petit e Julio Plaza). Ele informa tão só que o critério de seleção dos vinte<br />

artistas foi o de confeccionar uma obra publicável e digerível. De todas as formas, ele acrescenta ao estudo<br />

dos vinte artistas selecionados um levantamento de artistas espanhóis que atuaram no Brasil em que se dão os<br />

nomes 42 artistas plásticos.<br />

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