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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Inicialmente surgió la idea de editar las doce conferencias que constituyeron el curso, pero luego nos<br />

dimos cuenta de que eso no tendría excesivo valor informativo, y que lo que sí pudiera tenerlo es<br />

reflejar la realidad de lo español en Río de Janeiro<br />

[...] Y lanzo el reto del 93, que es el año JACOBEO, y por lo tanto muy importante para los<br />

españoles de Galicia, la inmensa mayoría de la colonia en esta demarcación hermanos (El español en<br />

Río de Janeiro, 1993: 6-8).<br />

El español en Río de Janeiro apresenta-se, pois, como uma antologia de discursos<br />

encarregados pelo cônsul espanhol no Rio aos agentes que, segundo o seu critério, ou<br />

representavam a atividade genuinamente espanhola ou sabiam ao respeito. Nesse sentido,<br />

observa-se que o elo entre os chefes das associações espanholas, os coordenadores de<br />

missões ou projetos da Espanha e Nélida Piñon é o cônsul, pois, por parte de cada um desses<br />

autores, são escassas as menções aos entes que dirigem os colegas deles.<br />

A primeira relação elaborada sobre os elementos repertoriais da cultura espanhola presentes<br />

na cultura brasileira: a análise de Pinto do Carmo<br />

No ensaio Presença de Espanha, Pinto do Carmo inseriu as referências acima<br />

mostradas aos periódicos espanhóis pois com elas ele almejava a exposição das<br />

contribuições culturais da Espanha à formação do Brasil 369 . De todas as formas, Pinto do<br />

369 Nas orelhas de Presença de Espanha, não assinadas, e na “Nota Justificação” da edição de 1960 – nota<br />

assinada por Pinto do Carmo em janeiro de 1960 –, a edição utilizada por nós nestas notas de rodapé,<br />

informa-se que o objetivo do livro é eliminar a lacuna criada na história do Brasil pela ausência de estudos<br />

sobre o valor e a repercussão das influências culturais espanholas no país. Comenta-se, por um lado, que essa<br />

tarefa, até então, só fora feita de forma fragmentária mediante “simples citações acidentais nos compêndios<br />

históricos”. Por outro lado, Pinto do Carmo (1960: 5) lamenta-se das dificuldades para reunir dados: “Estudo<br />

maior, mais bem condensado e trabalhado será possível, mas quando fluir maior e melhor bibliografia. Esta,<br />

por enquanto, é parca o que empobrece o que porventura se tente dizer”. Por sua vez, a apresentação do livro,<br />

sob o título Entre o Autor e o seu trabalho, foi assinada em abril de 1959 por Antonio Simões dos Reis, o<br />

bibliófilo e editor sergipano estabelecido no Rio de Janeiro. Simões, quem, então, levava já mais de trinta<br />

anos empenhado no seu labor de recopilação bibliográfica miscelânea, frisa a escassez de bibliografia sobre o<br />

tema e a grande dificuldade para a reunião de dados ao respeito. Eis, portanto, segundo Simões, o mérito do<br />

trabalho de Pinto do Carmo, pois nele se conseguiu a reunião dos esparsos dados que havia em livros e<br />

periódicos sobre a repercussão no Brasil da cultura e das “coisas castelhanas”. O próprio Simões menciona na<br />

sua apresentação alguns dos aspetos dessa repercussão: a presença de castelhanos nos três séculos coloniais, a<br />

chegada de “um milhão de imigrantes”, o legado de Anchieta “o primeiro, poeta, indianista e teatrólogo”, a<br />

contribuição de José Amat, “o quase fundador da Ópera Nacional em 1857”, a influência de “Canyzares”,<br />

“um mestre da pintura para as escolas do norte do País”, a picaresca espanhola como elemento repertorial que<br />

“contribuiu para consolidar os princípios da prosa de ficção”, “o ritmo para a música” e “temas e motivos”<br />

para o Carnaval. Simões menciona como mostras da vigência dessa influência, e da valorização desses<br />

empréstimos, a proposta que, por então, fora levada ao Congresso para que se aprovasse o espanhol como<br />

disciplina curricular da educação básica e, simbolicamente, o uso que dessa língua fizera Negrão de Lima em<br />

setembro de 1958 na ONU. Simões conclui a sua apresentação informando que fora solicitada ao governo<br />

espanhol a doação de um monumento ao Quixote para ser colocado em uma praça da recém inaugurada<br />

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