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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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define o que ele entende por imigrante, mas acredita, que desde a descoberta, houve<br />

imigrantes espanhóis no litoral brasileiro, isto é, povoadores naturais da Espanha dedicados<br />

à agropecuária:<br />

Outro veio que indica ter sido a imigração castelhana, mesmo do séc. XVI, espalhada em toda a<br />

colônia são as relações de sesmeiros. Aludindo aos que, em Sergipe foram aquinhoados, o historiador<br />

Felte Bezerra cita: Gaspar Meirens, Domingos Villachn, Francisco Roiz e Ambrósio Garder.<br />

Na apreciação da imigração espanhola no Brasil, Pinto do Carmo não desenvolve<br />

nenhum aspecto concreto desse fenômeno, limitando-se a apontar traços gerais. Assim,<br />

menciona que “é muito provável” que os galegos sejam o grupo maior entre os espanhóis<br />

no Rio, São Paulo – o estado preferido entre os imigrantes – e Bahia, que os espanhóis<br />

dedicaram-se às mais diversas profissões e que, entre os seus descendentes, houve nomes<br />

ilustres, “inclusive nas atividades culturais”. Além disso, indica que foi 1913 o ano de<br />

maior entrada de espanhóis (41.064) e que, no último censo – o de 1950 – os espanhóis<br />

residentes no Brasil somavam 131.608, havendo sido o recenseamento de 1920 o que, na<br />

história do Brasil, assinalou a quantidade maior de espanhóis residentes no país (219.142).<br />

Essa apreciação encerra-se com a apresentação de um parecer conclusivo acerca das<br />

conseqüências da presença do imigrante espanhol no Brasil: “Amigo do Brasil, leal e<br />

dedicado companheiro dos que procuram pelo trabalho engrandecer o País que escolheram<br />

para desenvolverem a sua capacidade comercial, industrial, agrícola ou artística, o espanhol<br />

tem proporcionado ajuda das mais relevantes” (Pinto do Carmo, 1959: 99).<br />

zarpado da Corunha, comandado por Rodrigo de Acuña; as expedições de reconhecimento da costa de Santa<br />

Catarina chefiadas por Alvar Nuñez Cabeza de Vaca e Juan Salazar y Espinoza; ao espanhol Francisco<br />

Romeyro, povoador de Ilhéus; a Diogo de Zorrilla, alcaide do mar da Bahia; ao sevilhano Bartolomeu Bueno<br />

de Ribera, povoador de São Paulo, e faz uma valorização geral sobre a contribuição desses espanhóis à<br />

colonização: “Naquelas duas centúrias a colaboração castelhana foi apreciável, em todos os sentidos.<br />

Particularmente integrando-se entre bandeirantes e sertanistas, auxiliou eficazmente nossa expansão<br />

territorial, o feito por excelência resultante daqueles empreendimentos. Se o fez, como os reinós e naturais,<br />

movido pelos lucros da preá e de tesouros minerais que não alcançaram, em nada isso diminui a ajuda<br />

considerável na obra de colonização advinda de tais empreitadas, visto não ter sido pequena a descendência<br />

que nos legaram, troncos de tradicionais famílias brasileiras” (Pinto do Carmo, 1960: 96). J. P. Leite Cordeiro<br />

(1946), do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, três anos após haver publicado no Jornal de<br />

Comércio, aos 10 de outubro de 1943, uma matéria intitulada O “Castelhano” e os seus ilustres descendentes<br />

em Piratininga, lançou uma versão revista e ampliada sobre o mesmo personagem, Baltasar de Godói, de<br />

codinome “o castelhano”, natural de Alburquerque (Badajoz), chegado a São Paulo na década de 1590, e<br />

casado com Paula Moreira, de tradicional família paulista, de cuja união nasceram seis filhos, todos eles,<br />

junto ao pai, importantes agentes da administração e da defesa das terras do Piratininga, a partir de onde<br />

penetraram no sertão mediante bandeiras. O livro O “castelhano” e seus ilustres descendentes em Piratininga<br />

apresenta-se como uma nobiliarquia de uma família quinhentista paulista – os Godói – em que se ensalza a<br />

sua contribuição à estruturação e desenvolvimento da Capitania.<br />

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