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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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eproduziu-se um parecer ao respeito de Castelao, quem destacava o caráter egrégio do seu<br />

estatuto frente ao dos seus patrícios classificados como trabalhadores estrangeiros. Mas, nas<br />

situações em que o asilado não recebe subsídios ou nas situações em que ao asilado não lhe<br />

permitem se sustentar explorando os motivos da sua expatriação, o desempenho de<br />

trabalhos remunerados alheios à sua condição de asilado confunde-o com um imigrante.<br />

Por sua vez, o imigrante pode sentir que a sua permanência e o seu exercício<br />

profissional em um país estrangeiro patenteiam uma injustiça contra ele. No seu estudo<br />

sobre os imigrantes republicanos espanhóis na cidade de São Paulo, Gattaz (1996) salienta<br />

o caráter de exílio, além do de perda, que reveste a escolha da expatriação como a solução<br />

para a situação de crise em que um sujeito está submerso. Esse historiador diz que:<br />

Segundo sete dos dez espanhóis que entrevistei, a falta de perspectivas econômicas foi o principal<br />

fator que os impulsionou a sair do país; a dificuldade material, no entanto, foi na maioria dos casos<br />

ocasionada pela perseguição política, o que dá a característica de exílio a uma emigração que aparece<br />

como de origem puramente econômica (Gattaz, 1996: 49).<br />

Nesse sentido, o Dr. Ariosto Licurzi, professor titular de Medicina Legal na<br />

Universidad de Códoba (R. A.) respondia como se segue, em um ensaio publicado em<br />

1945, com o título Problemas de inmigración y de criminología, à questão ¿Todo<br />

extranjero que llega al país es un inmigrante?<br />

En el período de la anteguerra se diferenciaba, con cierta lógica, al inmigrado de otros extranjeros –<br />

profesionales, comerciantes, turistas, etc. – que llegaban a puertos americanos. Estos eran<br />

“pasajeros”, según la calificación burocrática corriente; mientras los primeros, que llenaban las<br />

terceras clases de los transatlánticos, representaban los verdaderos emigrantes: trabajadores, pobres y<br />

sufridos, como los que volcará en nuestros puertos el próximo aluvión.<br />

A éstos conviene atraerlos y ayudarlos por todos los medios, para que con el trabajo puedan<br />

crear su bienestar y realizar la vieja sentencia latina: “Ubi panem et libertas, ibi Patria”.<br />

Los del otro grupo – los “pasajeros de clase”, burgueses y profesionales emigrados – poco<br />

interesan al país, en este momento histórico-social. [...] Desgraciadamente, con ellos la selección<br />

adquirirá aspectos menos gratos. El profesionalismo propio configura ya, entre nosotros, una<br />

preocupación social que no debemos agravar con elementos extraños. El sentimiento de solidaridad<br />

social – esencia inmortal del cristianismo – chocaría con el sentido realístico, que aconseja<br />

rechazarlos como elementos inapropiados a la vida económica argentina, en las condiciones actuales.<br />

Hoy tampoco los capitalistas representan una categoría ventajosa de inmigrantes para la vida<br />

argentina. El problema fundamental de éstos consiste en obtener las mayores utilidades y<br />

rendimientos del capital traído. El porvenir económico y el progreso general de la nación sólo les<br />

interesa en cuanto se relaciona con su problema; y termina cuando sus empresas comerciales,<br />

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