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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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cacau, algodão e fumo) e na importação de quase tudo o que demandava o consumo, desde<br />

as manufaturas a matérias primas como o carvão. O começo dessa superação foi possível<br />

pelo planejamento e pela fundação, no final da República Velha, de uma estrutura<br />

econômica diversificada que combinava o extrativismo, a moderna indústria pesada, a<br />

produção nacional de manufaturas e a agricultura intensiva, diversificada e mecanizada.<br />

Essa superação acelerou-se durante a Era Vargas (1930-1945), mediante, na interpretação<br />

de Meijide (1957: 108-09), três novas tendências de bom sucesso que permitiram a<br />

substituição de importações e uma maior independência do mercado externo. Estas medidas<br />

consistiram em: “1), incrementar la producción de materias primas alimenticias que antes<br />

eran objeto de onerosa importación”; “2), la expansión industrial, dirigida especialmente a<br />

la creación de una moderna siderurgia [...] y al fomento de ciertas industrias de<br />

transformación de segunda línea” e “3), la intensificación de las actividades extractivas del<br />

subsuelo”. Meijide (1957: 112-13) assinala que, na segunda metade da década de 1940, o<br />

governo brasileiro estabelecera um tríplice objetivo para acelerar o crescimento econômico<br />

e influenciar na economia sul-americana: a) a ampliação da capacidade de produção<br />

siderúrgica para satisfazer a demanda nacional e exportar ao mercado sul-americano; b) a<br />

melhora dos métodos de cultivo e a mecanização da agricultura para aumentar a<br />

produtividade e os reditos do setor e melhorar a alimentação da população; e c) o fomento<br />

da colonização do interior, onde havia extensas regiões “sedientas de inmigrantes y de<br />

capitales”. O último item – El plan SALTE y la marcha hacia el Oeste – dedica-o a explicar<br />

como, no Estado Novo e na presidência de Dutra, se programaram o povoamento e a<br />

colonização do interior.<br />

O capítulo V – Los grandes espacios geoeconómicos –, comparativamente breve e<br />

marcadamente descritivo, é introduzido por uma síntese em que Meijide justifica a divisão<br />

geoeconômica do Brasil em quatro blocos – “grandes espacios” – regionais, mais adequada,<br />

na sua opinião, por ser o Brasil um “estado-continente”, que uma divisão em regiões<br />

naturais. Os quatro blocos que Meijide (1957: 119-47) estabelece e caracteriza são: “las<br />

tierras bajas amazônicas” 612 , “el nordeste”, “la meseta” e “el sur templado” 613 . O seguinte<br />

612 Citando um livro de Osório Nunes, Introdução ao Estudo da Amazônia Brasileira [Nunes, 1949: 58],<br />

Meijide (1957: 126) assinala que cumpriria aumentar a exploração agrícola da Amazônia e o povoamento da<br />

região, o qual seria fatível através da introdução de imigrantes estrangeiros, pois eles poderiam “sacudir com<br />

novos hábitos a rotina de populações quase insuladas do mundo”.<br />

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