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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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coincide com o japonês e situa-se frente ao francês; na devoção pelos princípios democráticos,<br />

coincidem franceses, yankees e tchecos (Las Casas, 1937b: 20).<br />

A respeito das “relações entre a nação e o estado e o estado” destaca que, desde o<br />

Congresso de Viana, acerbara-se na Europa a desarticulação entre as estruturas nacionais e<br />

os limites dos Estados, havendo nações que ultrapassavam as fronteiras de um Estado ou<br />

Estados que abrangiam diversas nacionalidades, algumas delas com interesses antagônicos,<br />

o qual foi motivo de conflitos desde o início do séc. XIX e continuou causando constantes<br />

enfrentamentos no séc. XX, devido aos desacertos da Paz de Versalhes. Las Casas diz ter<br />

observado que no “Brasil ubérrimo” esse problema evitara-se, pois se conseguira, ao igual<br />

que na Roma clássica, dar uma pátria comum a gentes diversas através do cosmopolitismo<br />

e da depuração do ranço gerado pelos desafetos nos campos sociais europeus. Ele<br />

desenvolve a sua ponderação sobre os enfrentamentos nacionais nos Estados europeus<br />

contrastando-a com as visões de vários autores, dentre eles Vicente Risco:<br />

Como depois do Congresso vienense, também na Europa posterior a 1919 luta um povo, aqui, por<br />

sua emancipação; reclama outro, além, os irmãos afastados e, mais além, debate-se um Estado,<br />

impotente, sem poder resolver as profundas diferenças que seus súbditos choram. “Estamos vivendo<br />

a crise do europeísmo – escrevia o professor Vicente Risco, em 1920; entramos no poente de uma<br />

civilização. Os valores mais bem assentados na consciência européia se afundam como barcos<br />

velhos, de cascos apodrecidos”.<br />

Para muitos teóricos, devemos buscar nosso caminho na norma americana; América será uma escola<br />

de idéias políticas, dizia Tayllerand a Mm. Stael. Para outros, como o prof. Risco – que cita apenas<br />

William James, desdenhando W. Frank – o “yoga dos americanos”, não é senão uma influência<br />

índica levada á América do Norte por Vivecanda, Dayanaud Saravasti e outros (Teoria do<br />

nacionalismo galego); “Seu pragmatismo, continua, é inglês ou alemão; Peirce, Schiller, etc.”. Por<br />

mim, sou dos que têm uma grande fé na América, e isso porque vejo – em claro processo biológico –<br />

que é na projeção dos velhos impérios, como em um eco, que eles encontram amplitude e<br />

revivificação (Las Casas, 1937b: 22-23).<br />

Las Casas crê que é na América onde a Europa deverá encontrar os modelos de que<br />

precisa para organizar as nações nos Estados, tanto modelos úteis para estruturar regimes de<br />

força quanto os exemplos de comprovado bom funcionamento de democracias<br />

constitucionais. Junto à exposição da justificativa do referente americano, Las Casas teoriza<br />

sobre a fórmula para o encaixamento harmônico entre as nações e os Estados, já que, para<br />

ele, é axiomática a interpendência entre a nação e o Estado. Nesse labor, apóia-se em<br />

Alfredo Brañas (“A Europa pode buscar salvação na fórmula de E. Adreus, fixada muito<br />

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