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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Consideramos que esse é o principal estudo existente sobre o tema devido a que fornece<br />

variadas informações sobre a contribuição dos espanhóis à formação dos campos sociais de<br />

Belo Horizonte. Valentín Bahillo Cuadrado foi um observador direto dessas atuações ao ter<br />

residido durante mais de quatro décadas em Belo Horizonte. Ele chegou da Espanha ao<br />

Brasil como um religioso agostiniano destinado à docência no colégio Santo Agostinho de<br />

Belo Horizonte e, desde o início da sua estadia em Minas, acompanhou a colônia espanhola<br />

como padre, como professor de filhos de imigrantes, como membro ativo no Grêmio e<br />

como fundador do Instituto Mineiro de Cultura Hispânica. Ele justificou o seu livro como<br />

se segue:<br />

O Colégio Promove pediu aos alunos que realizassem uma pesquisa sobre as “comunidades de<br />

imigrantes estrangeiros” em Belo Horizonte. A Comunidade Espanhola entrou, também, na pesquisa.<br />

O Grupo encarregado de apresentar o trabalho sobre os espanhóis veio me procurar, para pedir-me<br />

uma colaboração.<br />

Mesmo procurando material, não obtiveram resultado. Parece que ninguém tinha dados para<br />

fornecer-lhes. Procurei atende-los.<br />

Rascunhei um esquema, apresentei-lhes um roteiro para a elaboração de um vídeo que pensavam<br />

realizar.<br />

Foi este fato, o que me levou a escrever estas páginas. Algumas, já foram publicadas, em parte, no<br />

número especial de ALBATROZ, jornalzinho do Grêmio Espanhol, ao completar, este, 80 anos de<br />

fundação. (Bahillo, 1998: 3)<br />

Valentín Bahillo inicia a sua obra destacando que, embora quantitativamente a<br />

presença espanhola seja escassa e apesar de ainda se ter reduzido nas três últimas décadas<br />

do séc. XX, a marca dessa presença, desde a fundação da cidade, tem sido notória, além de<br />

haver-se revestido de um caráter simbólico, ao ter abrangido do empedrado das ruas à<br />

construção de arranha-céus, passando pela indústria, o comércio, a educação e os serviços –<br />

restauração, casas noturnas e hotelaria –. Bahillo , recorrendo ao verbo “espanholear”, que<br />

atribui a Ernesto Gimenez Caballero, qualifica a ação da colônia espanhola em Belo<br />

Horizonte – de maioria galega – como “espanholeadora” e esclarece<br />

Porque “espanholear” significa jogar, com um coração imenso, a semente esperançosa à procura de<br />

multiplicação; mas, também, de oferenda e holocausto. Seremos no Brasil, como se fossemos<br />

brasileiros; oferecendo nosso apoio e a nossa colaboração, retribuindo, com alma espanhola, o<br />

carinho com que fomos acolhidos nesta terra de Santa Cruz (Bahillo, 1998: 11-12).<br />

No livro está inserida uma mensagem, a modo de prólogo, do então cônsul<br />

honorário de Espanha em Minas Gerais, Francisco Javier Leza Bourman, quem calcula que,<br />

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