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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Hoje, só na Rocinha, há pelo menos oito agências de turismo atuando regularmente, com uma média<br />

de 3.500 turistas por mês (Freire-Medeiros, 2007) 439 .<br />

No seu percorrido pelo Rio de Janeiro, Casais gosta de tudo. Ele transita<br />

complacente, pelos bairros de Glória e de Lapa, pelas principais ruas do centro histórico da<br />

cidade, narra a sua experiência no “superior” carnaval carioca – período em que “las<br />

expediciones turísticas se multiplican” (Casais, 1940, 23-24) –, refere-se ao samba e louva<br />

a gastronomia dos restaurantes. Para valorizar a culinária carioca, Casais (1940: 31)<br />

compareceu nos “verdaderos templos del buen comer” que havia ao redor do Mercado, do<br />

lado da praça Quinze, onde se deliciou com os peixes e mariscos de tal modo que enuncia:<br />

“Confieso que, después de frecuentar estos comedores, perdí el respeto a Isnard y a Bassó<br />

los magos de la bouillabaise en el puerto de Marsella”. Casais matiza que o bom gourmet<br />

que chegue ao Rio deve dar preferência à “arte culinária nacional”, original e variada, em<br />

detrimento dos pratos exóticos que, no entanto, também eram servidos em restaurantes<br />

seletos “franceses, alemanes, húngaros, italianos, españoles, hasta chinos y japoneses”<br />

(Casais, 1940: 31). O autor aconselha o gastrônomo estrangeiro que não deixe de<br />

experimentar as iguarias de confeitaria e as frutas, entre as quais a laranja e a banana<br />

parecem-lhe “parecidas a las españolas por su aroma y gusto delicado” (Casais, 1940: 32).<br />

Casais visita também o Pão de Açúcar, o Corcovado, o Jardim Botânico, que qualifica do<br />

melhor do mundo, a floresta da Tijuca, a cidade de Petrópolis e a ilha de Paquetá, “la más<br />

bella y la más procurada” entre as que há na baía de Guanabara.<br />

A partir das suas visitas, Casais propõe roteiros, comenta curiosidades, informa de<br />

custos e fornece alternativas de percorridos para outros turistas. Para evitar uma falha<br />

habitual, detectável nas turnês turísticas programadas para o Rio, o jurista e economista<br />

galego destina uma seção, do capítulo dedicado a essa cidade, aos museus cariocas, pois ele<br />

acredita (Casais, 1940: 43) que “La tradición cultural del Brasil es tan importante como<br />

desconocida en el extranjero. Por lo regular el turista viene a estas tierras ávido de conocer<br />

bellezas naturales, mas apenas procura los tesoros de arte, de historia, de continuada<br />

personalidad”. No “Día de museos”, com o intuito da “simples” curiosidade artística, visita<br />

439 Disponível em: . Acesso em: 29 jun.<br />

2009.<br />

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