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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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O Centro galego do Rio de Janeiro<br />

Sabemos que o Centro galego do Rio de Janeiro se fundou em 1900 e que foi<br />

fechado em 1943 e cremos que o que se pode conservar do seu espólio deve se encontrar no<br />

arquivo do Hospital Espanhol carioca, ao qual, em 2003, não se nos permitiu aceder.<br />

Érica Sarmiento da Silva, no entanto, teve acesso, no ano 2000, ao arquivo da<br />

Sociedade Espanhola de Beneficência-Hospital Espanhol e lá localizou as Atas que se<br />

conservavam do Centro (períodos 1899-1909 e 1937-1940, e as atas do fechamento). Érica<br />

Sarmiento, na sua tese de doutorado Galegos no Rio de Janeiro (1850-1970) (Silva,<br />

2006a), diz que nessas atas constam os nomes dos diretivos e que, por elas, podem-se<br />

apreciar “as festas, as atividades culturais do Centro e as listas dos convidados, que davam<br />

a conhecer o tipo de eventos celebrados, a que tipo de público eram dirigidas as<br />

programações culturais e também com que instituições brasileiras o Centro mantinha<br />

relações” (Silva, 2006: 23). A esse centro dedica a única seção – 3.1. O Centro Galego – do<br />

capítulo terceiro da sua tese – Associações étnicas: debates e discussões dos espanhóis/<br />

galegos no Rio de Janeiro –. Ela assinala que a primeira sede do centro, em 1900, esteve na<br />

rua da Constituição. Diz que os seus sócios tinham um considerável poder aquisitivo –<br />

eram comerciantes e industriais –, pois as quotas eram caras, e que, gozando de projeção<br />

socioeconômica e representatividade dentro da comunidade galega no Rio de Janeiro,<br />

muitos deles também eram sócios do Hospital Espanhol. A pesquisadora salienta que,<br />

cotejando os nomes das direções de ambas as entidades, ficou patente o vínculo entre o<br />

Centro Galego e o Hospital Espanhol. Assim, ela diz:<br />

no ano de 1922, no salão de atos do Hospital Espanhol, encontramos uma placa em homenagem aos<br />

sócios do Centro Galego do ano de 1922, mas especificamente aos membros da Junta Diretiva desse<br />

mesmo ano, ‘por haber realizado com titánico esfuerzo la construcción de nuestro edificio social<br />

inaugurado el 29 de julio de 1922’ (Silva, 2006: 385).<br />

1950, com a morte de Angel Gonzalez Fernandez, perdeu o mensário um dos grandes entusiastas. Palazon<br />

Olivares, ao tempo secretário do Dep. de Imprensa da Embaixada e redator da revista, deixou de a ela prestar<br />

a sua colaboração, por ter sido transferido para Portugal (fevereiro de 1953). Ao fazer três anos de existência<br />

(setembro de 1952), estavam exaustas as forças que, sem desfalecimento, lutaram por manter a revista.<br />

Tentando prosseguir, instituiu-se, após apelo sincero e melancólico, a classe dos sócios protetores, como<br />

última tentativa para continuar a sua obra hispano-brasileira. Acudiram poucos (2 dúzias de sócios). A<br />

publicação, que por falta de recursos não mais podia se mensal, tornara-se trimestral. O preço de venda<br />

passou de cinco para quinze cruzeiros. Afinal, mandado Garcia Viñolas para servir em outra embaixada, não<br />

pôde mais circular Santiago, fruto de sua destacada obra como adido cultural no Brasil e, ultimamente, a<br />

melhor publicação aqui estampada, no gênero”.<br />

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