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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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(1950) e alguns dos trabalhos de divulgação da literatura brasileira publicados por Braulio<br />

Sánchez-Saez 412 . Acrescenta aos autores desses trabalhos, os autores daqueles cujo labor se<br />

ensancha paulatinamente hasta que el Brasil, por boca del poeta, encuentre el mundo, sus angustiosos<br />

problemas sociales, culturales y económicos, y se asocie al ansia universal de mayor felicidad, armonía e<br />

igualdad entre los hombres y naciones. La poesía se llena de sentimiento del mundo, convertidos ya en<br />

sustancia lírica la perplejidad ante el egoísmo y la cobardía, el amargor ante la injusticia y la opresión y,<br />

superándolo todo, la admirable e invencible esperanza de que un día amanecerá”. A respeito da produção de<br />

Schmidt fazem a seguinte apreciação: “En Schmidt, el amor, la nostalgia y la ilusión pueblan la poesía. Hay<br />

siempre muerte, jardines y sombras, pájaros, mares y astros en sus versos. La música, el perfume y el color<br />

prestan al mundo de evocación y ensueño un realismo maravilloso de irrealidad”. Dos três autores, os<br />

tradutores traçam resenhas breves biográficas e indicam a sua produção. No final de Tres poetas del Brasil<br />

(Vázquez, 1950: 97-98) foram incluídas umas “Notas” com termos traduzidos que, de todas as formas, os<br />

tradutores acharam que era preciso ainda esclarecer. Estes são: chicote quemado, politonaban, Capiberibecapibaribe,<br />

sertón, caboclos, midubim, biribá, bacurí, sapotí, exú, senzala, pie de moleque, bandeirantes,<br />

sabará-buzu, aleijadinho, mulas sin cabeza, emboabas, tayoba, soneto. Dois anos antes, Osvaldo Orico<br />

publicara em Madri Poetas del Brasil (Orico, 1948), na coleção Cuadernos de Literatura do Instituto Miguel<br />

de Cervantes. Trata-se de uma antologia bastante extensa (214 p.), com uma introdução sobre a história da<br />

literatura brasileira e resenhas sobre a obra de cada um dos poetas selecionados. Contém uma ampla mostra<br />

de poemas; parte de Gonçalves Dias e encerra-se em Abgar Renault. Ainda no início da década de 1950, Pilar<br />

Vázquez Cuesta foi a tradutora da obra de Vianna Moog intitulada Bandeirantes e pioneiros [Bandeirantes y<br />

pioneros (paralelo entre dos culturas)]. Consultamos a que cremos que é a segunda edição dessa tradução,<br />

publicada em 1965 pela Ediciones Cultura Hispánica.<br />

412 Braulio Sánchez-Sáez nasceu em Gor (província de Granada) em 1892. De criança, entre 1908 e 1910<br />

residiu no Brasil, aonde emigraram seus pais. Seguiram para a Argentina, em cuja capital ele se formou como<br />

professor secundarista, e iniciou a sua carreira como jornalista e escritor. Em 1939 assentou-se em São Paulo-<br />

SP. Entre 1940 e 1942, na Universidade de São Paulo, exerceu a cátedra de língua espanhola e literatura<br />

espanhola, havendo sido o primeiro docente efetivado nesse cargo. Posteriormente lecionou na Universidade<br />

Católica de São Paulo e na Universidade de Campinas-SP. Pinto do Carmo (1960: 56) não se refere à<br />

produção bibliográfica de Sánchez-Sáez no Brasil, mas faz o seguinte comentário sobre os trabalhos que<br />

publicara na Argentina: “Na capital portenha travou conhecimento com a nossa literatura publicando: Las<br />

Nuevas Corrientes de la literatura brasileña (1925-33) [Em Buenos Aires, Caras y Caretas]; Escritores del<br />

Brasil (1926[1928]-30) [Em Buenos Aires, Criterio]; La literatura brasileña en la República Argentina [La<br />

literatura brasileña, comentada por escritores argentinos] (‘Revista do Brasil’ S. Paulo, 1922); Rui Barbosa<br />

(sep. rev. ‘Orto’, Valência, 1933) [separata da revista Orto, Valencia (Espanha), 1928]; Viento del Brasil y<br />

Otros Poemas (Ed. Cervantes, Barcelona, 1928); Tres redentores de la esclavitud (Ed. Min. Instrucción<br />

Pública, Madrid [1935]) e Vieja y Nueva Literatura del Brasil (3 ediciones, ‘Ercilla’, Santiago de Chile, 1935,<br />

36 e 38). Além disso realizou versões de trabalhos de vários escritores nossos inclusive Monteiro Lobato,<br />

Graça Aranha (Canaã, 1935), Tasso da Silveira e Luis da Câmara Cascudo”. Além dessas publicações,<br />

localizamos uma dezena de artigos de Braulio Sánchez-Sáez relacionados com a cultura brasileira publicados<br />

nas décadas de 1920 e 1930 em periódicos hispano-americanos e brasileiros, mas não nos foi possível a sua<br />

consulta. Consultamos, no entanto, a sua nota explicativa do romance Frente 313, de Mario García-Guillén<br />

(1969). Além disso, localizamos um livro de poemas de Sánchez-Sáez publicado em espanhol em São Paulo,<br />

pela coleção “Cuadernos Continentes”, com o título Suplemento Pasivo – poemas – (1937-1941). Esse livro,<br />

de 1956, inaugurou a mencionada coleção, cujo propósito era assim anunciado na contracapa: “Estos<br />

cuadernos trataran de dar a los lectores de lengua española, un pequeño mundo de las letras hispánicas, con el<br />

fin de que sean divulgadas algunas manifestaciones de la cultura, dentro de las muy diversas expresiones del<br />

espíritu, que anima sus letras. Nada se promete, apenas expresar realidades o sentimientos, que no es poca<br />

cosa”. Uma outra obra de Sánchez-Sáez que consultamos é Dor e glória de Cervantes. Foi publicada em 1967<br />

e consiste na tradução ao português da biobibliografia de Cervantes que lançara Sánchez-Sáez em 1940 desde<br />

a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Sánchez-Sáez, 1967). A biobibliografia é precedida por<br />

uma Nota Explicativa formada por uns apontamentos que Edgard Cavalheiro fizera sobre Sánchez-Sáez no<br />

seu livro, de 1941, Plásticos Amigos, Artes-Rio-Platenses Contemporâneos. Edgard Cavalheiro louva o labor<br />

desenvolvido por Sánchez-Sáez como divulgador da cultura brasileira e menciona, dando-lhe a sua aprovação,<br />

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