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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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labios y en el corazón dos vocablos que jamás el peso de los siglos logrará superar: España y<br />

América.<br />

O ministro brasileiro Felix Pacheco foi quem tomou por último a palavra e encerrou<br />

os discursos respondendo ao ministro da Espanha, Antonio Benítez. Na sua fala elogiou as<br />

delegações espanhola e brasileira pela capacidade de negociação que demonstraram durante<br />

a discussão e assinatura do acordo provisional de comércio de 29 de fevereiro de 1924 e<br />

manifestou o seu desejo de que a Espanha e o Brasil evitassem sempre os equívocos no<br />

tocante à compreensão do interesse comum e de que aprofundassem na comunhão ibérica:<br />

Não há propriamente, para nós brasileiros, uma Hespanha, mas uma Ibéria, com todas as analogias<br />

do gênio peninsular, que criou e formou a quase totalidade da América Livre. As duas grandes flores<br />

de civilização, brotadas desse pedúnculo egrégio e beijando simultaneamente as águas abençoadas do<br />

Mediterrâneo e do Atlântico, representam uma só estirpe, e o belo ramo português, frondejante no<br />

Hemisfério Novo, só deve aspirar uma união cada vez mais estreita e cordial com os opulentos<br />

galhos da mesma árvore benemérita, transplantados das Hespérides para o solo fecundo em que hoje<br />

assentam tantas nações emancipadas e progressistas, justamente orgulhosas dessa progênie e<br />

crescendo sem rivalidades e sem ódios [...].<br />

Há, inquestionavelmente, uma grande lição de harmonia a reter nas flutuações desse espetáculo<br />

longínquo a que me refiro. Tais flutuações, no fundo, não suprimiram o permanente estado de ânimo<br />

afetuoso entre Portugueses e Espanhóis.<br />

O inverso disso fora, na verdade, um grave contra-senso histórico, tão irmão é o gênio da raça numa<br />

terra e noutra e tão idênticas e pacíficas são as aspirações que as descendências ibero-americanas<br />

desses dois países europeus continuam alimentando.<br />

No n. 13, de 12 de setembro de 1924, publicou-se a crônica El teatro español en Rio<br />

de Janeiro – A propósito del estreno de “Cobardías”, assinada por A. C. Rivas. O autor faz<br />

uma crítica da situação, naquele momento, do teatro espanhol que era encenado no Rio de<br />

Janeiro e menciona a Marques Pinheiro como o hispanista brasileiro mais interessado na<br />

divulgação da literatura teatral espanhola na capital do Brasil. Ele informa que, no que ia de<br />

ano, ofereceram-se no Rio quatro obras de teatro espanholas por companhias teatrais não<br />

espanholas. A primeira fora El Gran Galeoto, de Echegaray, representada pela Companhia<br />

de Italia Fausta e Lucilia Perez no teatro da av. Gomes Freire, com, segundo o cronista,<br />

grande fracasso de público. Também não teve respaldo do público uma obra, não nomeada,<br />

de Luis Ariquistain encenada pela mesma companhia no teatro República. As outras obras<br />

representadas, desta vez no Palácio Teatro e com sucesso de público, foram da autoria do<br />

galego Manuel Linares Rivas: Mala Ley e Cobardias, esta última considerada superior pelo<br />

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