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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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domiciliados em São Paulo, o jornal decidira fazer uma reportagem sobre a vida e as<br />

atividades do Centro Galego. Declara-se que esse centro era a associação de mais prestígio<br />

no seio da colônia espanhola e que ele estaria destinado a liderar os movimentos dos<br />

coletivos espanhóis. Assim sendo, o então presidente do Centro, Francisco Gomes Queija,<br />

recomendara o jornal que entrevistasse o anterior presidente, Delfín Blanco de Dios, quem<br />

conduzira o centro durante os três primeiros exercícios e era, portanto, o mentor do<br />

destaque da entidade. A ele foram formuladas cinco questões. A primeira foi “Quando e<br />

como surgiu o Centro Galego”? A isso ele responde:<br />

Em julho de 1932, um grupo de espanhóis naturais da região galega teve a idéia de fundar uma<br />

sociedade onde os naturais daquela região pudessem reunir-se e recordar com saudades os dias<br />

felizes da “terrinha”. [...] Em fins de outubro seguinte se levou à prática a iniciativa daquele grupo de<br />

compatriotas [...] e designou-se uma comissão para elaborar um projeto de estatuto, já de acordo com<br />

a orientação daquela assembléia, visando finalidades mais amplas do que a princípio se pensava, isto<br />

é, de forma a que no seio da sociedade tivessem cabida não só os espanhóis da Galícia mas também<br />

os de todas as regiões espanholas, e assim na assembléia realizada no salão do Centro Republicano<br />

Portuguez no dia 14 de dezembro do mesmo ano foram aprovados os estatutos de caráter nitidamente<br />

espanholista apesar de à nova sociedade ser-lhe dado o nome de Centro Galego.<br />

À pergunta de “com quantos sócios o Centro iniciou as suas atividades?”, Delfín<br />

Blanco responde que, para a fundação, inscreveram-se 60 sócios.e que a primeira secretaria<br />

funcionou em uma dependência do Centro Republicano Portuguez cuja diretoria sempre se<br />

mostra “grande amiga da Galícia”. O primeiro local social instalou-se no terceiro andar do<br />

Edifício do Clube Comercial. A sua inauguração foi assim descrita por Delfín Blanco<br />

após as obras de adaptação necessárias para lá transferimos a sede e no dia 28 de julho de 1933<br />

inauguramos solenemente com um grandioso festival presidido pelo sr. cônsul geral da Hespanha,<br />

presidente honorário do Centro, e ao qual compareceram representantes do embaixador da Hespanha,<br />

do então interventor do Estado, dos secretários e demais autoridades do Estado, cônsules iberoamericanos,<br />

cônsules da Hespanha em Santos e Rio de Janeiro, representantes das sociedades<br />

espanholas da capital, do Rio e do Interior, de sociedades de colônias antigas, imprensa de São Paulo<br />

e elementos de destaque da sociedade paulista.<br />

Com a sede inaugurada, o número de sócios aumentou, tendo, no momento da<br />

entrevista, mil sócios inscritos. As três seções principais do Centro eram a cultural, a<br />

benéfica e a de intercâmbio. A primeira destacava-se “promovendo conferências,<br />

organizando a biblioteca, a campanha do livro”, e a segunda encarregava-se de coordenar o<br />

corpo médico que dava assistência aos sócios. Já a terceira estabelecia contatos e<br />

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