26.03.2015 Views

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

[...] Se um turista no Brasil deve dedicar a parte principal de seu tempo ao conhecimento das cidades<br />

históricas de Minas, nada o exime de incluir Congonhas no programa. Acresce que essa bela e<br />

interessantíssima cidade une a seus atrativos históricos, de certo modo únicos, o privilégio de sua<br />

posição geográfica e a facilidade de comunicações que fazem dela centro de esplêndido roteiro de<br />

arte colonial.<br />

Aí está, pois, o que vi. Por pago e satisfeito me daria se minhas fotografias e notas tivessem poder<br />

bastante para livrar os outros do erro de que fui vítima em minha primeira “tournée” por Minas-<br />

Gerais. De tal erro e omissão facilmente me absolvo porque a culpa cabe àquele cicerone e amigo<br />

gentil, mas não muito informado de coisas de arte, que me dissuadiu de visitar Congonhas por já ter<br />

visto Ouro-Preto! (Casais, 1942a: 5).<br />

Roteiro Balneário<br />

A outra obra de José Casais intitula-se Roteiro Balneário, com 94 páginas de texto e<br />

fotografias, quase todas tiradas pelo autor 475 , publicada igualmente no Rio. A edição coube<br />

às Gráficas de “Vida Doméstica”; a obra foi também traduzida por Aires da Mata Machado<br />

Filho. Com Roteiro Balneário, Casais confirma a sua dedicação à exposição e,<br />

conseqüentemente, à promoção de destinos turísticos no Brasil, manifestando o seu<br />

interesse especial pela potencialidades turísticas no Estado de Minas Gerais. Assim, embora<br />

ele mencione que no Brasil havia, no início da década de 1940, mais de 160 “fontes<br />

‘milagrosas’”, ele redige o seu Roteiro Balneário a partir das impressões que teve de seis<br />

delas, as seis mineiras – Poços de Caldas e Araxá, com águas sulfurosas e térmicas, e<br />

Caxambu, Cambuquira, Lambari e São Lourenço, com águas alcalinas carbo-gasosas –.<br />

Aponta que, apesar de no Brasil haver climas variadíssimos, “todos bons e saudáveis”,<br />

cumpria reconhecer que “as estâncias mineiras gozam de clima privilegiado, entendida a<br />

palavra clima na sua mais ampla acepção: temperatura, sol, luz, pressão, umidade, vento,<br />

ozônio, ar...” (Casais, 1942b: 7), pelo qual ele as recomenda especialmente, reduzindo,<br />

portanto, o traçado do seu Itinerário a essas estações ideais. Assim, além de estarem<br />

situados em uma mesma região, os balneários aos quais ele se refere estão vinculados por<br />

475 Na referência bibliográfica da obra explicita-se que as fotografias são originais do autor, havendo sido<br />

interpretadas e legendadas por Antonio Ibrahim Haddad. Excetuam-se as fotos reproduzidas nas páginas 14,<br />

49, 54 e 55, “oferecidas gentilmente pelos Exmos. Prefeitos de Poços de Caldas e Cambuquira”, a da página<br />

77, “cedida pelo Dr. Ribeiro da Luz”, e as contidas nas p. 85, 88, 89, 91 e 93, cedidas “pelo eminente<br />

Engenheiro Arquiteto Dr. Luiz Signorelli”.<br />

667

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!