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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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gloria del Foro brasileño”. No gabinete desse secretário notaram a existência de livros<br />

espanhóis, o qual lhes vale para criticar o alto preço que alcançavam no Brasil os livros<br />

importados da Espanha. Do labor do secretário destacam o envio da Força Pública baiana<br />

para sufocar o levantamento tenentista e popular de São Paulo em 1924, a repressão contra<br />

os jagunços no interior da Bahia, a criação de um plano de carreira e de cursos de instrução<br />

para a polícia, a reestruturação do corpo de bombeiros e a modernização do sistema<br />

penitenciário baiano. Os autores fazem questão em visitar a Penitenciaria de Salvador e,<br />

para isso, solicitam autorização do Secretário Estadual de Segurança Pública, quem lha dá e<br />

faz com que o diretor dessa Penitenciaria – o Dr. Araújo – os guie. A partir da experiência,<br />

os autores elaboraram uma extensa crônica, mais extensa e rica em detalhes que a sua<br />

narração sobre as impressões tidas na Real Sociedad de Beneficencia ou no Centro<br />

Español. Eles admiraram a Penitenciaria, pois nela observaram um higiênico centro que<br />

não procurava o castigo dos detentos, senão a sua regeneração e a sua reabilitação como<br />

cidadãos, através do convívio saudável, da educação e do trabalho em oficinas. A esse<br />

respeito, os autores ponderaram que a prática do Centro obedecia aos critérios para o<br />

tratamento do detento propostos por “nuestra ilustre compatriota Concepción Arenal”<br />

(Gomez, 1929: 46).<br />

A admiração dos autores perante a administração estadual baiana dirige-se, no<br />

Capítulo IV – La salud y la asistencia pública –, às práticas sanitárias. Eles gostam das<br />

instalações existentes para ao atendimento médico e hospitalar, do modo como são<br />

prestados os serviços médicos e da política sanitária implementada. As referências ao<br />

Hospital Espanhol de Salvador, isto é, à Real Sociedad Española de Beneficencia, não<br />

fazem parte, porém, desse capítulo. Elas estão incluídas no Capítulo VIII, intitulado La<br />

colonia portuguesa de Bahia – La colonia española. No entanto, o parecer dos jornalistas<br />

acerca da Beneficencia é exposto seguindo a mesma estrutura que usaram ao se referirem à<br />

sede da Secretaria Estadual de Saúde. Aprovam as características do prédio da Beneficencia<br />

– um palácio, ao igual que a sede da Secretaria Estadual de Saúde –, ressaltam a boa gestão<br />

da diretoria e a dedicação do corpo médico, admiram as práticas sanitárias e destacam a<br />

qualidade da aparelhagem e do instrumental cirúrgicos. No caso da Beneficencia redigem<br />

um histórico da instituição e reproduzem as finalidades contidas nos seus estatutos. Nessas<br />

finalidades observa-se como, além da atenção sanitária, a Beneficencia contemplava o<br />

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