26.03.2015 Views

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

adquirido entre las poblaciones del Brasil – decretó la expulsión de los jesuitas de los dominios<br />

portugueses. Esta expulsión no afectó a los carmelitas y demás órdenes religiosas (Meijide, 1957:<br />

80).<br />

No capítulo IV – La evolución de la economía –, logo do item com a síntese de<br />

título homônimo, desenvolve-se uma exposição sobre a história da economia brasileira<br />

baseada em uma concepção de ciclos: o ciclo da madeira, o do açúcar, o mineiro, o subciclo<br />

da pecuária, o ciclo do algodão, o do café e os sub-ciclos do fumo e do cacau. Essa<br />

exposição sobre os ciclos da economia brasileira é encerrada com um comentário valorativo<br />

acerca da história do escravagismo no Brasil, intitulado El trabajo negro y la abolición de la<br />

esclavitud 611 . Os seguintes itens são La fase de transición de la economía e El plan SALTE<br />

y la marcha hacia el Oeste. Meijide (1957: 107-08) entende que a transição econômica no<br />

Brasil se iniciou devido, inicialmente, à instabilidade dos mercados internacionais na<br />

década de 1910 e, sobretudo, ao isolamento do Brasil durante a Primeira Guerra Mundial.<br />

Essa transição consistiu na superação do “colonialismo”, baseado este nas exportações que<br />

eram permitidas por uma economia agrária concentrada em monoculturas (café, açúcar,<br />

611 Diz Meijide (1957: 103-07) que o sistema escravista foi relevante no Brasil tanto pelos seus efeitos na<br />

evolução econômica da colônia e do Império quanto pelas conseqüências, além de econômicas, políticas e<br />

sociais que houve quando ele foi abolido, aos 13 de maio de 1888, pois, com o abandono das lavouras por<br />

parte dos 800 mil alforriados, muitos dos seus proprietários, que foram expropriados, sem compensações, da<br />

fortuna que significava esse capital humano, se arruinaram ao perderem a mão-de-obra; parte das safras<br />

imediatas inviabilizou-se, a Casa Imperial deixou de poder contar com a adesão dos grandes fazendeiros e<br />

instaurou-se a República, uma grande massa dos manumissos rurais deslocou-se às cidades na procura de<br />

serviço e habitação, inflacionando o seu custo, e uma elevada proporção dos fazendeiros empobrecidos se<br />

assentou nas cidades para se dedicar à indústria e ao comércio, fenômeno qualificado pelo autor como de<br />

“desviación proindustrial”. Ele acompanha a sua exposição de argumentos citados ou referidos que contêm<br />

doze obras sobre o tema (História econômica do Brasil, vol. I [Simonsen, 1937: 205], Povoamento e<br />

população [A. Castro Barreto, 1951: 61-73], Sudamérica. Biografía de un continente [E. Samhaber, 1946:<br />

349], História do Brasil [J. Ribeiro, 1945: 190], Voyage autour du monde [I. Pfeiffer, 1868: 18], José Maria<br />

Parachos. Vizconde de Rio Branco. Ensayo histórico-biográfico (L. Besouchet, 1944), História econômica do<br />

Brasil [C. Prado Junior, 1945: 192], Emancipação dos escravos [Rui Barbosa, 1884], A queda do império<br />

[Rui Barbosa, 1921], O império brasileiro [Oliveira Lima, s. a.], A revolução pacífica [F. Gonzaga 1890], O<br />

abolicionismo [Joaquim Nabuco, 1938]). Meijide refere-se aos escravos negros como “materia prima” e frisa<br />

que ela produzia grandes lucros tanto aos que se dedicavam ao seu comércio quanto aos que a empregavam<br />

nas plantações e na mineração, em tal grau que ela permitira uma “gran prosperidad nacional”. No entanto, na<br />

visão de Meijide configurada a partir dessa bibliografia omite-se, ou, inclusive, nega-se, qualquer atribuição<br />

aos escravos de responsabilidade nas transformações político-sociais acontecidas no Brasil: “A pesar de la<br />

masa numérica que representaban, los esclavos no llegaron a intervenir en la emancipación política del país –<br />

al contrario de lo que ocurrió en otras colonias americanas en análoga situación –, y tampoco su fuerza social<br />

resaltó sobre la de los diferentes grupos clasistas en que se hallaba dividida la sociedad colonial. Únicamente,<br />

como fuerza ideal de trabajo, descansó sobre ellos una gran parte de la economía en ejercicio, sin que por<br />

entonces existiera un fácil sustituto. La crítica histórica reconoce haber sido el mejor arreglo a que pudieron<br />

echar mano los colonizadores, y los autores brasileños admiten el eficaz papel desempeñado por esa minoría<br />

de hombres de color, única solución factible para lograr por entonces el cultivo de las tierras y consolidar la<br />

frágil ocupación real de tan inmenso territorio [...]” (Meijide, 1957: 104).<br />

854

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!