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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Pinto do Carmo conclui esse capítulo confiando que o Instituto de Cultura<br />

Hispánica 372 desenvolva ações com vistas a aprofundar no estudo das relações entre a<br />

Espanha e o Brasil na época colonial. Diz ele:<br />

periódicos (as revistas Vamos Ler!, Letras Brasileiras e Vitrina e os diários Jornal do Comércio, A Noite e O<br />

Jornal) e publicou 16 livros, quase todos de engenharia, arquitetura e urbanismo. Era filho de Adolfo Morales<br />

de los Ríos y García de Pimentel (Sevilha, 1858 – cidade do Rio de Janeiro, 1928), também arquiteto,<br />

urbanista, professor e historiador. Adolfo Morales de Los Rios y García de Pimentel instalara-se no Brasil em<br />

1890, onde, nas cidades de Salvador, Recife, Maceió e Rio de Janeiro, projetou grande número de edifícios<br />

residenciais, comerciais, institucionais, educacionais, religiosos, industriais, hospitalares, monumentos<br />

públicos e funerários, além de realizar cartazes, ilustrações e capas de livros. Escreveu diversos artigos sobre<br />

a história da arquitetura no Brasil e sobre a história do Rio de Janeiro. De Adolfo Morales de los Rios Filho<br />

consultamos a obra O Rio de janeiro Imperial (2000), cuja primeira edição foi em 1946. Trata-se um livro<br />

muito abrangente, de 494 páginas, sobre a história da cidade do Rio de Janeiro, dividido nos seguintes nove<br />

capítulos: A cidade, O complemento urbano, Outros aspectos (A edificação, Assistência, Associações e<br />

instituições particulares), Toponímia, Trabalho, A sociedade, A instrução, A divulgação do saber e das idéias,<br />

Cultos e crenças. Nesse estudo, porém, em nenhum momento se refere, nem tão sequer tangencialmente, a<br />

nenhum elemento da presença espanhola no Rio.<br />

371 Trata-se dos trabalhos Prioridade dos Navegantes Espanhóis no Descobrimento do Brasil, de Eduardo<br />

Fernández y González [1957: 165-198], Pirataria no litoral brasileiro durante o Reinado de Felipe II, de<br />

Adolfo Morales de los Ríos [1916], A fronteira em marcha, de Renato Mendonça [1956], Os três Felipes da<br />

Espanha que foram reis do Brasil, de Pascual Núñez Arca [1956], Introdução à Antropologia Brasileira, de<br />

Arthur Ramos [1947], Gaúchos e Beduínos, de Manoelito de Ornellas [1956] e Nos arquivos de Espanha, de<br />

Pedro Souto Maior [1918].<br />

372 Embora fosse constituído em 1946 a partir da transformação (aos 2 de fevereiro de 1946 publicara-se a lei,<br />

aprovada aos 31 de janeiro de 1945, “de la Jefatura del Estado para la reorganización de los servicios del<br />

Ministerio de Asuntos Exteriores: disposiciones transitorias autorizando al Ministro a organizar el Instituto de<br />

Cultura Hispánica”) do “Consejo de la Hispanidad” – criado por lei aos 2 de novembro de 1940 –, a<br />

oficialização da criação do Instituto de Cultura Hispánica (ICH) aconteceu em 1947, sendo Alberto Martín<br />

Artajo o ministro de “Asuntos Exteriores” da Espanha. Aos 18 de abril publicou-se no BOE o regulamento do<br />

Instituto, sendo o seu primeiro presidente Joaquín Ruiz-Jiménez Cortés, com um mandato de dois anos (1946-<br />

48), sendo sucedido por Alfredo Sánchez Bella (1948-1956). O objetivo geral do Instituto era a promoção do<br />

traço diferencial cultural hispano-americano – “hispano-luso-americano” – mediante a consolidação de uma<br />

comunidade de países vinculados pela sua “pan-hispanidade”, o qual, na realidade, se implementou através<br />

das seguintes ações: o incentivo para que ibero-americanos estudassem em universidades espanholas, o<br />

estreitamento de contatos entre artistas plásticos ibero-americanos e a realização de Bienales<br />

Hispanoamericanas de Arte, o desenvolvimento de estudos sobre planejamento econômico, a edição de livros<br />

e periódicos e a criação de uma ampla rede de associações e instituições filiais. A história do ICH foi estudada<br />

por José Luis Rubio Cordón (1989: 117-44) em um capítulo intitulado El oficialismo institucional: el Instituto<br />

de Cultura Hispánica, que faz parte do libro El pensamiento español contemporáneo y la idea de América (2<br />

vols.: El pensamiento en España desde 1939 e El pensamiento en el exilio). Rubio (1989: 136) faz a seguinte<br />

valorização concludente sobre os resultados das ações do ICH – o “órgano esencial de la Administración<br />

española para la política iberoamericana”, segundo Rubio (1989: 144) –: “La vida del Instituto de Cultura<br />

Hispánica se debatió, a todo lo largo de su trayectoria, entre una sincera lucha por avanzar hacia la concreción<br />

de la Comunidad Iberoamericana, y una utilización, a veces servil, como aparato de propaganda, de lavado de<br />

imagen, del régimen de la Dictadura. El Instituto representó una ventana internacional, a través de la que se<br />

mostraba al exterior la cara más amable del país, ocultando las más negativas, pero también muchos y tenaces<br />

esfuerzos, emprendidos con autenticidad, en pro de la elaboración e implantación de un ideal de Comunidad”.<br />

Antes do ICH, ativara-se, como entidade privada, o Instituto Cultural Iberoamericano, aprovado em El<br />

Escorial aos 4 de julho de 1946, como conseqüência do XIX “Congreso Mundial de Pax Romana”<br />

(Salamanca/ El Escorial, 21 de junho-4 de julho de 1946), apoiado economicamente pelo Ministerio de<br />

Asuntos Exteriores espanhol, pois o congresso significava uma ruptura do isolamento internacional em que<br />

ficara a Espanha após as resoluções condenatórias aprovadas no primeiro semestre de 1946 pela Assembléia<br />

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